Por Fernando Rangel Pereira

Só saberemos o real valor das coisas quando estabelecermos uma consciência entre o que custa e o que vale. 

Como estabelecermos valores reais se nem se quer igualamos uma moeda a uma nota.

O que se compra com uma moeda é exatamente o que se compra com uma nota. Entretanto, ninguém nunca tentou sair de um país com 100 mil moedas na cueca, mas com notas sim.

Muito embora a moeda tenha maior brilho, a nota é quem reluz aos olhos daqueles que estabelecem a vida pelo preço.

Um acúmulo de notas vira fortuna, um acúmulo de moedas vira troco. Então, valor e preço são apenas um estado de consciência.

Uma pessoa faz uso de uma cerveja por dia sem se quer se dar conta do custo, entretanto   percorre toda a cidade em busca de preço de um quilo de arroz.

Uma jovem senhora adquire uma bolsa de dois mil reais e procura economizar 2 reais no remédio para seu filho enfermo.

Caro leitor, não se trata de críticas a quem quer que seja, o texto tem apenas o objetivo de oportunizar a reflexão de nossas atitudes diárias e trazer a consciência do que tem preço e do que tem valor.

 Sentimento de caro ou barato são estabelecidos pelo desejo, enquanto os valores pela consciência. Os preços são criados pela sociedade, enquanto que os valores são criados pela família.

Por conta do preço pessoas se separam, famílias são dizimadas, amizades são perdidas; por conta dos valores pessoas se unem, famílias são criadas, amizades são encontradas.

Se desejamos uma sociedade mais justa, solidária e consciente devemos nos prender àquilo que realmente tem valor.

Os preços são coisas dos homens, os valores são coisas de Deus.

Fernando Rangel Pereira tem formação em Estudos Sociais, Farmácia, Psicologia e Neuropsicologia.