Os projetos de Casão e Pazolini para 2026

Tudo indica que, em 2026, poderemos ter duas novas lideranças políticas surgindo no cenário capixaba

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em 27 de jan de 2025, às 09h00

Foto: Reprodução | Redes Sociais
Foto: Reprodução | Redes Sociais

Enquanto o governador Renato Casagrande (PSB) busca viabilizar o processo de sua sucessão à frente do governo do Estado, apostando sua primeira ficha no nome de seu vice, Ricardo Ferraço (MDB) — mais do que justa essa valorização —, nos bastidores, segundo fontes, Renato possui outras três opções caso o nome de Ricardo não consiga emplacar como candidato.

Entre essas opções estaria o nome do ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), antigo aliado de Casão, que agora está à frente de uma das mais importantes pastas do governo estadual, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento, ou seja, mais próximo dos agentes públicos municipais.

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Outra preciosa ficha é o prefeito reeleito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), um dos prefeitos mais bem avaliados do Estado. Ele está de saída do ninho emedebista para pousar no União Brasil, uma articulação que projeta os planos políticos do grupo de Renato para 2026.

Carta na manga

A terceira opção, que para muitos parece improvável, mas pode acabar sendo a principal, é o prefeito reeleito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos). Afinal, na linguagem figurada dos bastidores políticos, “nem sempre quem chega primeiro bebe água limpa”. Arnaldinho, um dos mais jovens prefeitos do Estado, vem se destacando no grupo e, além de sua juventude, figura como uma nova liderança que já está rompendo as barreiras da Grande Vitória.

O projeto de governo de Casagrande conta, até o momento, com o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (União Brasil), que mantém fidelidade aos passos do socialista e deverá continuar na liderança da Ales com o apoio de Casão e Ferraço, como parte do acordo de sustentação do grupo que visa à sucessão ao Palácio Anchieta.

Oposição política

Em contrapartida ao bloco de Casagrande, já é possível observar figuras políticas da extrema-direita e do centro-direita no Estado se movimentando e articulando para criar uma base e asas com o objetivo de montar um projeto de oposição ao governo atual. Um exemplo é o ressurgimento do ex-governador Paulo Hartung, que se filiou recentemente ao PSD capixaba.

Outro nome que aparece em movimento é o deputado federal Evair de Melo (Progressista), ferrenho crítico de Casagrande, está percorrendo os municípios capixabas de Norte a Sul. Mais recentemente, ao lado de Erick Musso, presidente estadual do Republicanos no Estado e atual secretário de Governo da Prefeitura de Vitória, eles iniciaram uma caminhada que vai além das demarcações territoriais da capital, Vitória, ao lado do prefeito reeleito Lorenzo Pazolini (Republicanos).

Pazolini vem aí

Segundo fontes, o trio deverá marcar presença em importantes eventos pelo Estado, além de buscar alianças com líderes que ainda não fecharam com Casagrande ou permanecem em cima do muro. A estratégia é clara: agregar um movimento em massa contra o atual governo de Renato. Vale ressaltar que o ex-governador Paulo Hartung já elogiou publicamente a liderança e a desenvoltura do prefeito reeleito de Vitória, Lorenzo Pazolini. Não podemos esquecer outras figuras tradicionais da política capixaba, como Manato e Rose de Freitas, que, embora pareçam enfraquecidos, continuam atuando fortemente nos bastidores.

Tudo indica que, em 2026, poderemos ter duas novas lideranças políticas surgindo no cenário capixaba: uma de esquerda, na pessoa de Arnaldinho Borgo, pupilo de Casagrande, e outra pela extrema-direita, que busca alianças com partidos de direita e centro, na figura do delegado de Polícia Lorenzo Pazolini. Como já mencionado, este recebeu elogios do ex-governador Hartung.

Esquerda e direita polarizadas

Mais uma vez, tudo indica que as ideologias políticas partidárias deverão assumir o protagonismo dos debates no Brasil, e no Espírito Santo não será diferente. Resta saber — e o tempo será o senhor para revelar — se o trabalho desenvolvido por Casagrande e sua equipe até as prévias das eleições de 2026 será suficiente para garantir a sucessão do poder por meio de suas fichas, ou se uma nova liderança – ficha única – alicerçada na polarização política da extrema-direita, poderá abalar esse projeto de governo, que hoje se mostra sólido e perspicaz no Espírito Santo.

Lembrando que 2026 está logo ali, e não é de mineiro, é de capixaba para capixaba!

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do AQUINOTICIAS.COM

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