por Basílio Machado

Em Brasília, uma fonte me passou a informação de que teria sido batido o martelo hoje (09) para que o ex-senador Ricardo Ferraço tenha o comando do União Brasil (UB), partido nascido da fusão do DEM com o PSL.  Dessa forma, vão para a prateleira os planos do deputado federal Felipe Rigoni (UB) de se candidatar ao governo do Estado. Questionada, a assessoria de Rigoni não desmentiu a informação. Mistério…

Moro

Com 81 deputados federais, o UB deve perder uns 30 até o final da janela partidária, mas continuará gigante. O partido aguarda no altar por um sim do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), que precisa urgentemente ganhar perenidade política pelo país. Pedi informações à deputada Norma Ayub (UB) sobre o contexto estadual. A resposta foi gentil, mas evasiva: “deixa organizar para que eu possa falar”.

Caixa alta

Com R$ 800 milhões de fundo eleitoral, a nova e poderosa sigla não pode e nem deve ser ignorada pelo governador Renato Casagrande (PSB) na composição de forças para sua reeleição. Ricardo é cotado para vice de Casagrande, mas uma ala do UB quer candidatura própria, inclusive, sendo o próprio Ricardo o candidato.

1º Ato

Moro esteve no Espírito Santo recentemente e foi recebido muito bem pelo governador. Tal reunião teve cheiro de chifre queimado para a direção do PT, que vê o ex-juiz como a personificação do diabo. Em resposta, o PT colocou o nome do senador Fabiano Contarato no mercado. Casagrande reagiu. Vai anotando!

2º Ato

Sexta-feira (11) o deputado federal Da Vitória (Cidadania) filia-se no PP, em Vitória, num ambiente em que membros mais à direita do partido estão cobrando a vaga de senador na majoritária (por que não a vaga de vice?). Da Vitória traz consigo ninguém menos que o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, e o ministro Ciro Nogueira, que vão trocar ideias com o governador. Certamente com a presença do presidente do PP no Estado, o ex-deputado Marcus Vicente, que integra o primeiro escalão do governo.

3º Ato

Paradoxalmente, no Dia da Mentira, todos saberão a verdade. O prazo para a mudança de partido termina em 1º de abril. Só então vamos ver se Renato Casagrande abraça a terceira via, deixa o PSB e afasta-se do PT, ou se vai dividir o palanque com Lula e acompanhar de binóculo o eleitor mais conservador. Paira no ar a espada de Dâmocles.

E o PT?

À coluna, o ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione (PT), integrante da turma de raiz no partido, disse que tudo que o partido não aceita é uma posição ambígua em relação a Lula. Compor ou não a chapa majoritária estaria em segundo plano.

Até!!