Conteúdo de Marca
FGCoop: saiba o que é e como ele protege seu dinheiro nas cooperativas de crédito
Entenda como esse fundo garante a segurança dos seus recursos e oferece tranquilidade para quem escolhe esse modelo financeiro mais justo e participativo
Por Redação
•
4 mins de leitura

Já se perguntou o que acontece com o seu dinheiro caso a instituição financeira que te atende decrete falência? Nos bancos tradicionais, é o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) que te resguarda, garantindo o reembolso de até R$ 250 mil por pessoa física ou jurídica.
Nas cooperativas de crédito também é assim, mas elas possuem um fundo próprio, chamado Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). É uma associação civil sem fins lucrativos criada em 2014, em uma fase de expansão do cooperativismo de crédito no Brasil, e que garante a proteção de depósitos e investimentos de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.
O principal objetivo do fundo é proteger os recursos dos cooperados – nome dado aos membros da cooperativa que utilizam seus produtos e serviços – em caso de intervenção ou liquidação de uma cooperativa de crédito. É uma ação preventiva que proporciona segurança e tranquilidade para esse público.
O FGCoop cobre as cooperativas singulares de crédito e os bancos cooperativos filiados a ele. Isso significa que, ao fazer parte de uma das cooperativas de crédito do Espírito Santo, seja ela de livre admissão, do agronegócio, de profissionais de determinada área ou até mesmo um banco cooperativo, você está amparado.

Na avaliação de Victor Lima, assessor contábil tributário do Sistema OCB/ES – organização que representa as cooperativas capixabas –, o mecanismo de proteção proporciona benefícios para ambas as partes: as instituições financeiras e os seus associados.
“Em um ambiente de juros altos e expectativas cautelosas. Saber que seus recursos estão resguardados faz toda a diferença. É essa segurança que permite às cooperativas seguir inovando, ampliando o acesso ao crédito e entregando soluções cada vez mais justas e alinhadas com os interesses dos seus cooperados”, considera.
Em resumo, o FGCoop permite que as cooperativas garantam a proteção dos recursos aplicados e, ao mesmo tempo, ofereçam serviços com taxas justas e mais competitivas.
Qual é o diferencial das cooperativas de crédito?
O FGCoop se assemelha ao FGC, mas existem outros fatores que tornam as cooperativas de crédito atrativas em relação aos bancos convencionais. Um deles é que quando uma pessoa ou empresa se associa a uma cooperativa de crédito, ela se torna dona do negócio.
“Os cooperados têm direito de participar dos resultados econômicos de forma proporcional aos seus investimentos. Por isso, contar com um fundo que preserva a saúde fiscal da cooperativa também é de interesse do associado”, pondera o assessor contábil tributário Victor Lima.
Além disso, nas cooperativas as decisões são tomadas em conjunto visando à prosperidade do coletivo. Dessa forma, garantir acesso ao crédito e outras soluções em condições mais acessíveis, por exemplo, é uma premissa.
Outra vantagem é o atendimento humanizado, uma vez que as cooperativas valorizam o contato e o diálogo com as pessoas. No Espírito Santo, elas contam com agências espalhadas por todo o estado, inclusive no interior, movimentando a economia local e contribuindo com o desenvolvimento das comunidades.
A gama de serviços é ampla. Seja no agronegócio, no comércio ou nos serviços, as cooperativas de crédito oferecem um leque completo de soluções financeiras, desde conta corrente e investimentos até empréstimos e seguros, com a vantagem de um atendimento mais próximo e a participação nos resultados.
Números do cooperativismo de crédito no ES
No Espírito Santo existem 26 cooperativas que atuam no Ramo Crédito. Elas reúnem 748 mil cooperados e mantêm 2.872 postos de trabalho diretos. Em 2023, movimentaram R$ 5,3 bilhões. Os dados são da edição mais recente do Anuário do Cooperativismo Capixaba.
No mesmo ano, as cooperativas de crédito do estado registraram R$ 341 milhões em sobras, jargão cooperativista para definir os lucros. No entanto, como elas não têm fins lucrativos, o excedente pode tanto ser repartido proporcionalmente entre os cooperados ou reinvestido na instituição financeira, visando ao interesse comum.
A relevância desses negócios também se mostra na agropecuária capixaba. As operações de crédito rural saltaram de R$ 7 milhões em 2021 para R$ 1,7 bilhão em 2023, um aumento de 143%, segundo o anuário.
De acordo com dados do Mapa, do BDNES e das cooperativas, o cooperativismo financeiro é o segundo maior repassador de crédito rural e o maior repassador do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) no estado.
Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui