Sentaram no banco dos réus, nesta segunda-feira (27), Marcelo Miranda e Ícaro Santos Reis. Eles foram denunciados pela Justiça como autores do duplo assassinato de Serlon Ramos Abreu, 45, e Wellington Araújo da Silva, 44. Marcelo e Ícaro foram sentenciados a 36 anos de prisão em regime fechado.

O julgamento aconteceu no Fórum de Atílio Vivácqua, município onde ocorreu o crime, em janeiro de 2021. De acordo com a ocorrência policial, Serlon e Wellington eram primos e tiveram o carro em que estavam fechado por um outro veículo, onde estavam Marcelo e Ícaro, que atiraram diversas vezes contra as vítimas.

Wellington morreu dentro carro e Serlon tentou correr, mas acabou caindo dentro de um rio, na ES 289. Antes de fugir, a dupla tirou Wellington do carro, deixando o corpo na rua e fugiu levando o veículo. Mais tarde, o carro foi localizado na Safra, incendiado. Mesmo com a investigação, a motivação para o crime não foi esclarecida.

Arma usada para matar primos foi usada em outros homicídios

A reportagem procurou a Polícia Civil para saber se Marcelo e Ícaro são investigados por outros crimes violentos, e durante a apuração, descobriu que a arma usada para matar os primos também foi usada em outros assassinatos na região Sul.

Durante a investigação, a equipe da perícia técnico-científica da Polícia Civil identificou que os tiros que mataram Wellington e Serlon, em Atílio Vivácqua, Cenilson Barreto do Espírito Santo, assassinado em 02/12/2020 em Campina, interior de Presidente Kennedy, e o vereador de Presidente Kennedy Marcos Costalonga, o Marquinho da Cooperativa, em 27/05/2021, saíram da mesma arma.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, é possível que Marcelo tenha participado desses crimes. No entanto, não ficou comprovada a participação de Ícaro. Os casos seguem em investigação e, por isso, outros detalhes não serão divulgados neste momento.