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Política

Comissão de Saúde da Ales discute soluções para fila de espera para exames

De acordo com a chefe do Núcleo de Regulação do Acesso (NRA), a consulta de maior fila é de oftalmologia adulto

Por Redação

3 mins de leitura

em 16 de maio de 2023, às 15h34

Foto: Ellen Campanharo | Ales
Foto: Ellen Campanharo | Ales

Em reunião, nesta terça-feira (16), deputados da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) se reuniram com representantes da Superintendência Regional de Saúde de Vitória. No encontro, eles cobraram ações para diminuir os gargalos nas consultas e exames especializados.

De acordo com a chefe do Núcleo de Regulação do Acesso (NRA), Bianca Calenzani, atualmente a consulta de maior fila é de oftalmologia adulto, com 12.470 solicitações. Ao passo que a tomografia é o exame com maior demanda reprimida, cerca de 10.009 pacientes. 

O presidente da Comissão de Saúde, deputado Dr. Bruno Resende (União), cobrou a gestão compartilhada do problema nas esferas federal, estadual e municipal. 

“Até porque o financiamento da saúde é tripartite, parte federal, parte estadual e parte municipal. E as competências também”, explicou o presidente do colegiado, que também lembrou do papel dos Legislativos municipais e Estadual na busca de soluções para o problema.

A superintendente regional de Saúde de Vitória, Cybeli Pandini, reconheceu a existência dos gargalos para consultas e exames especializados ofertados pelo Estado. Ela solicitou a atuação dos municípios para ajudar a mitigar o represamento. Segundo ela, um dos problemas hoje é o alto absenteísmo (quando o paciente encaminhado pela prefeitura falta), que chega a 50%.

“O município tem a responsabilidade de inserir corretamente (dados do paciente no sistema de regulação), se realmente é uma demanda necessária, às vezes só uma queixa de dor nas costas não significa que um paciente precise de uma ressonância ou de uma tomografia”, disse Cybeli Pandini. Membro da comissão, o deputado Pablo Muribeca (Patri) realçou a necessidade de municipalizar esse debate.

O deputado Dr. Bruno sugeriu que as filas de espera sejam conhecidas a fundo; se “ela é real, se o paciente está inserido numa fila única, se o paciente ainda precisa daquele recurso”, exemplificou. Ele também propôs a meta ousada de “fila zero”. “Meu trabalho vai estar concluído no Espírito Santo no momento em que nenhum capixaba estiver aguardando em qualquer que seja a fila de acesso qualificado à saúde. Então a nossa meta vai ser sempre alcançar a fila zero. Aí sim nós teremos saúde aliada à dignidade”, frisou. 

Na busca de contornar o problema da fila, a superintendente regional de Saúde de Vitória disse que o governo do Estado tem trabalhado para credenciar mais serviços e descentralizá-los. Além de aumentar o quantitativo de atendimentos, a medida visa evitar o deslocamento de pacientes entre o interior e a Região Metropolitana, que concentra o maior número de prestadores de serviços. 

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