Cidades

Em protesto contra prefeito, moradores ateiam fogo em pneus e fecham rodovia em Itapemirim

Segundo um dos manifestantes, o protesto tem como objetivo chamar a atenção do poder público para a falta de médicos e ausência de uma série de serviços na cidade.

Por Redação

3 mins de leitura

em 19 de maio de 2023, às 16h45

Foto: Reprodução | Rede social
Foto: Reprodução | Rede social

Moradores da localidade de Graúna, no município de Itapemirim, atearam fogo em pneus e fecharam um dos trechos da rodovia Safra-Marataízes, na tarde desta sexta-feira (19).

Segundo um dos manifestantes, que preferiu não se identificar, o protesto acontece no km 25, e tem como objetivo chamar a atenção do poder público municipal para a falta de médicos e ausência de uma série de serviços na cidade.

 “Estamos sem pediatra, sem médico em todas as unidades de saúde de Itapemirim, sem médico especialista há mais de três meses. Em pleno uma epidemia de Dengue, apenas quatro agentes de endemias estão trabalhando em um município que tem cerca de 30 mil imóveis”, explicou uma das moradoras.

Outro motivo que levou a população a realizar a manifestação é o atraso no pagamento dos benefícios Vale Feira e Vale Gás e o cancelamento da entrega de leite aos alunos da rede pública de ensino infantil, beneficiários do programa Leite é Vida.

“Os benefícios estão há mais de cinco meses atrasados. O Leite é Vida, oferecido pela Secretaria de Educação, desde o ano passado não entregam. Semana passada ficou mais de uma semana sem coleta de lixo. Eles alegaram que não tinham combustível”, denuncia a moradora.  

O que diz a Prefeitura de Itapemirim

De acordo com os manifestantes, já foram realizadas diversas reuniões com o secretário de saúde e demais órgãos municipais para cobrar uma solução para o problema, mas a resposta é de que estão sem dinheiro, mas estão tentando resolver.

Em nota, a Prefeitura de Itapemirim, informou, por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, que o município está adotando todas as providências técnicas e jurídicas, além de estar realizando todos os esforços necessários para solucionar a situação da cesta básica o quanto antes. No entanto, os prazos legais precisam ser respeitados.

A Secretaria de Assistência Social também lamentou o ocorrido e informou que o atraso aconteceu, inicialmente, devido a primeira colocada do Pregão Presencial nº 021/2023, cujo objeto é a aquisição de gêneros alimentícios para compor os itens do benefício eventual cesta básica, não ter apresentado os produtos e materiais de acordo com o edital.

Após os trâmites para convocação da segunda colocada, um dia antes da entrega, o município recebeu o pedido de desistência da 2ª empresa. Iniciou-se então, a convocação da terceira colocada. Fase que está em curso, seguindo os prazos legais.

Quanto às denúncias dos moradores referente a quantidade de agentes de endemias, a prefeitura ressalta que são inverídicas e sobre os médicos nas unidades, são casos pontuais e não generalizados.

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