De Roberto Carlos a Rose de Freitas: o boom de Lucas Rezende na comunicação
Rezende reúne marcas como Roda de Boteco, Festival Baile Voador, Festival de Inverno, Festival Movimento Cidade, Vila Shows Itaúnas, Pedra Blues & Jazz Festival, Guaçuí Jazz & Blues Festival, Espírito Santo Restaurant Week e concertos como os de Roberto Carlos e Ana Carolina
Se os clientes que já passaram pelo escritório de Lucas Rezende fossem convidados para a mesma festa, certamente renderia notícia em algum jornal no dia seguinte. Imagine encontrar no mesmo metro quadrado nomes como Roberto Carlos, Ana Carolina, Fábio Jr, Renato Albani, Rose de Freitas, Janete de Sá e Homero Mafra. Essa é só uma pequena parte da lista telefônica de Rezende depois que ele pediu demissão do maior conglomerado de mídia do país, a Rede Globo em São Paulo, para voltar a Vitória e fundar a consultoria que leva seu nome: LR Comunicação.
“Muita gente estranhou quando eu decidi pedir demissão da maior grife da notícia desse país, com uma série no ar, onde eu viajava o Brasil inteiro. Mas como diz o Gilberto Gil: ‘é como se ter ido fosse necessário para voltar’. Queria me reconectar com essa vida à beira-mar, anti metrópole e com uma agenda que eu controlasse. E achava que já tinha dado minha contribuição para o jornalismo. A LR nasceu alguns meses depois, mas é fruto desse processo de disrupção”, narra Rezende.
Não demorou muito para grandes players passarem a entregar suas contas de comunicação digital, relacionamento com a imprensa e relações públicas para a LR. No núcleo de entretenimento, Rezende reúne marcas como Roda de Boteco, Festival Baile Voador, Festival de Inverno, Festival Movimento Cidade, Vila Shows Itaúnas, Pedra Blues & Jazz Festival, Guaçuí Jazz & Blues Festival, Espírito Santo Restaurant Week e concertos como os de Roberto Carlos e Ana Carolina.
“Por mais que trabalhemos marcas fortes, o comportamento do consumidor é muito volátil dependendo do line-up, do valor do ingresso e da época do ano. Então precisamos criar estratégias personalizadas em busca da jornada de compra. Isso vai desde o spot que toca na rádio, passando pelo outdoor ideal, até a música que vamos escolher para vender aquele artista. Todo evento com multidão, aliás, é passível de problemas e por isso sempre incluo nossa gestão de crise na entrega do serviço. Enquanto o último cantor não canta a última música, a gente não respira totalmente aliviado. É hardcore”, se diverte.
Na mesma manhã em que discute uma estratégia para o show do Paralamas de Sucesso, ele aprova com sua equipe – formada inteiramente e propositalmente por jovens da geração Z – conteúdos para os juristas mais conceituados do Estado. “A LR nasceu com esse nicho. É uma prateleira de clientes robusta e que nos orgulha muito. Nosso time precisa ter um olhar muito clínico para o noticiário, muita agilidade e um bom relacionamento com as redações para dar conta desse público, que preza pela análise e pelo factual da imprensa”, continua Lucas.
Nomes estrelados do Direito – e que volta e meia aparecem na sua televisão – como Homero Mafra, Rivelino Amaral, Kelly Andrade, Erica Neves, Gracimeri Gaviorno Italo Scaramussa e José Antônio Neffa Junior fazem parte da lista de assessorados da LR. O relacionamento de Lucas no universo da OAB, aliás, já lhe rendeu consultorias para eleições rumo à Seccional capixaba e ao Tribunal de Justiça. Com uma vitória no meio do caminho, diga-se de passagem.
“Não sei se a política me persegue ou eu que persigo ela. Fato é que escrevi muito sobre o poder quando fui repórter da Tribuna e da Folha de S.Paulo. Até quando fui ser editor da coluna social do Jornal do Brasil eu dei um jeito de ficar perto disso. Foi o período em que a página mais tinha nota sobre Brasília”, conta.
“Então como eu estive do outro lado do balcão e sei como a imprensa lida com os políticos e os fatos que os cercam, acabei, com a LR, aceitando desafios em eleições ou com políticos em mandatos. Levei meu olhar para o outro lado da urna. Nesse meio tempo já participamos – com vitória – de pleitos para o Senado, Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputado”, relembra.
A lista foi só aumentando, inclusive com a chegada de órgãos de classe, como a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Espírito Santo e Associação dos Cacauicultores do Espírito Santo. “Nós não nos prendemos a nicho para entregar um projeto, e sim na necessidade do cliente por um bom plano. Costumo brincar que eu vou mudar o nosso slogan. Vai passar a ser: LR – De tédio, a gente não morre”, finaliza, rindo.
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