Comissão debate padrão para atendimento a pacientes cardíacos no ES
O presidente da comissão, deputado Dr. Bruno Resende (União), concordou e reforçou a necessidade de fixação de protocolo uniforme de atendimento nas diversas unidades de saúde
A Comissão de Saúde realizou, nesta terça-feira (12), reunião extraordinária para discutir como deve ser feito o atendimento de pacientes com doenças cardiovasculares de modo que seja evitada a necessidade de atendimento posterior de alta complexidade, que tem um custo muito mais elevado. O assunto foi o segundo assunto abordado pelo colegiado, que já havia se reunido mais cedo para falar sobre a saúde em Guarapari.
Segundo Alessandra Baque Berton, gerente de regulação hospitalar da Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa), uma das medidas a serem tomadas é fazer com que o paciente “chegue precocemente aos serviços para que eles urgenciem o mínimo possível”.
Alessandra relatou ainda que nos últimos 6 meses o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) encaminhou 1.157 pacientes com quadro de dor torácica para hospitais de referência de alta complexidade em cardiologia devido à Síndrome Coronariana Aguda (SCA), causada pelo bloqueio do fluxo de sangue para o coração. “São cerca de 200 chamadas por mês. Grande parte desses pacientes sequer sabiam que eram cardiopatas, isso demonstra uma fragilidade da rede”, pontuou.
O presidente da comissão, deputado Dr. Bruno Resende (União), concordou e reforçou a necessidade de fixação de protocolo uniforme de atendimento nas diversas unidades de saúde e da correta classificação de risco. “É muito importante a confecção de protocolos para termos homogeneidade de tratamentos. Não faz sentido tratarmos o doente de uma maneira em Colatina e de outra em Cachoeiro. O doente deve ser tratado da mesma forma, de maneira protocolar”.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) dão conta de que em países nos quais os médicos emergencistas têm menos experiência ou conhecimento no manejo de pacientes com dor torácica, a taxa de Isquemia Aguda do Miocárdio (IAM) – não reconhecida poderia chegar a 20%.
Já Diogo Oliveira Barreto, diretor clínico do Hospital Evangélico de Vila Velha, citou a necessidade de realização de eletrocardiograma nos primeiros 10 minutos do atendimento dos pacientes com dor torácica para evitar sequelas e evitar onerar mais o sistema de saúde.
O presidente da Comissão de Saúde pontuou, ainda, que acredita que a telemedicina tem papel importante para reduzir o gargalo dos atendimentos.
A reunião contou também com a presença do deputado Zé Preto (PL) e com diversos convidados da área de saúde do estado.
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