Espírito Santo

Mãe de sêxtuplos passa por cirurgia para diminuir risco de parto prematuro

Quezia passou por uma cerclagem uterina na manhã desta quinta-feira (07). Procedimento foi rápido; mãe e bebês estão bem

A capixaba Quezia Romualdo, de 29 anos, que está grávida de sêxtuplos, passou por uma cerclagem uterina na manhã da última quinta-feira (07), no São Bernardo Apart Hospital, em Colatina. A gestante foi internada no começo da semana, para que seja acompanhada de perto pela equipe médica até o parto, que ainda não tem data para acontecer. Ela e os bebês estão bem.

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De acordo com a médica Júlia Mattedi, diretora técnica do São Bernardo Apart Hospital, a cerclagem uterina é uma pequena cirurgia, onde é feita a sutura do colo do útero para impedir que a cavidade uterina abra antes da hora e provoque um trabalho de parto prematuro.

O procedimento durou dez minutos e foi realizado pelo obstetra Thiago Martinelli. “É um procedimento curto, rápido, normalmente a paciente fica acordada durante a cirurgia. Ocorreu tudo bem e ela segue sendo acompanhada pela nossa equipe médica”, afirmou Júlia. Quezia está na 23ª semana de gestação. A gestante já está internada por conta do alto risco de prematuridade, embora o desenvolvimento dos bebês esteja dentro do esperado.

O procedimento feito na última quinta (07) é mais uma alternativa para permitir que o parto ocorra no momento certo. “Sempre existe uma chance de ela entrar em trabalho de parto, por isso ela está em ambiente hospitalar. Mas esse é também um procedimento preventivo, para diminuir as chances de prematuridade extrema”, explica a diretora técnica do hospital.

Equipe de sobreaviso para o parto

O nascimento dos sêxtuplos vai mobilizar uma equipe de pelo menos 23 profissionais, entre obstetras, pediatras, enfermeiros e anestesistas. Essa equipe entrará em ação assim que houver um pedido médico para a antecipação do parto.

Quezia e os bebês serão avaliados todos os dias. “Já temos uma equipe de sobreaviso para esse parto. Essa equipe é composta por pelo menos dois anestesistas, seis pediatras, três cirurgiões, seis enfermeiros e mais seis técnicos de enfermagem.

Outros especialistas como oftalmologista, cardiologista pediátrico, fisioterapeuta e neurologista também devem estar presentes no momento do parto. E nós já temos reservado também as seis vagas de Utin para essas crianças”, explica Júlia.

Após o nascimento, os seis bebês devem permanecer na UTI Neonatal por alguns meses, até ganharem peso suficiente para ir para casa. “Vamos imaginar que eles nasçam com 1kg cada um, é esperado que eles fiquem de dois a três meses só para ganhar peso.

A média de ganho de peso é de 15 gramas ao dia, é bem devagarinho. Nesse período, a mãe poderá retirar o leite com a bombinha para as crianças serem amamentadas, ou contar com uma dieta própria para os prematuros caso ela tenha dificuldade nesse processo”, prevê Júlia.