Grupo de trabalho vai analisar manutenção dos voos diretos Vitória x Rio de Janeiro
O assunto foi tratado, uma vez que as empresas aéreas começaram a reduzir o número de voos diretos desde o dia 1º de outubro e com isso foram sentidos impactos nos preços das passagens aéreas
O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou a criação de grupo de trabalho para avaliar o pleito do Governo do Espírito Santo e da Bancada Federal Capixaba para manutenção dos voos diretos entre os aeroportos de Vitória e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, e o coordenador da bancada, deputado Federal Da Vitória, levaram o pleito ao ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
O assunto foi tratado, uma vez que as empresas aéreas começaram a reduzir o número de voos diretos desde o dia 1º de outubro e com isso foram sentidos impactos nos preços das passagens aéreas e na queda na movimentação de passageiros, na capital capixaba.
Isso porque, uma Resolução do Conselho de Aviação Civil da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) do Ministério dos Portos e Aeroportos publicada, em 10 de agosto, no Diário Oficial da União, limita a operação do Santos Dumont para aeroportos a até 400 km de distância. Em vigor a partir janeiro de 2024, a nova norma veta voos diretos para Vitória, que está a 418 quilômetros da capital fluminense.
“A relação dos capixabas com o Rio de Janeiro sempre foi muito próxima. A linha com o Santos Dumont representa quase 30% da operação do aeroporto de Vitória. É muito importante! As duas cidades, os dois estados, têm cooperação numa série de serviços obrigatórios, como Justiça e Receita Federal, por exemplo. Economicamente, temos muitas empresas com atuação lá e cá, caso do complexo de petróleo e gás”, disse Ricardo Ferraço.
Ainda segundo o vice-governador, foi apresentada ao ministro Silvio Costa a realidade e os impactos da suspenção da operação, que entendeu ser justa a motivação para a permanência da conexão direta com o Santos Dumont. “O grupo de trabalho constituído tem a capacidade de organizar um resultado bem equilibrado à demanda. Pautamos a agenda de desenvolvimento e estamos organizados com a bancada federal capixaba no Congresso Nacional para reverter a limitação da resolução que entrará em vigor em 2024. A distância entre os dois aeroportos supera em apenas 18km o limite previsto no texto. É muito pouco para tanto impacto”, explicou.
A “linha” VIX x SDU responde por 28% da movimentação do aeroporto de Vitória e com o cancelamento de voos da Azul, agora em 1º de outubro, a movimentação caiu para 15% (quase a metade). Gol e Latam ainda mantêm sete voos diários juntas e ainda consta no sistema do Vitória Airport Slots para janeiro de 2024, mas que podem ser cancelados a qualquer momento. É dinâmico.
Os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro têm relações econômicas relevantes no setor de petróleo e gás, onde grandes empresas operam. A redução do número de voos diretos e a possibilidade de suspensão, geram preocupação não somente com relação ao número de passageiros, mas também quanto aos impactos no turismo regional, e na competitividade do Espírito Santo, já que afetaria milhares de empresas e prestadores de serviços que prescindem de forma relevante desta conexão.
A suspensão de voos diretos entre Vitória e Rio de Janeiro foi estabelecida por meio da Resolução do Conselho de Aviação Civil da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) do Ministério dos Portos e Aeroportos publicada, em 10 de agosto, no Diário Oficial da União. Em vigor a partir janeiro de 2024, a resolução limitaria a operação para aeroportos a até 400 quilômetros de distância. Por estar a 418 quilômetros do SDU, Vitória seria impactada pela mudança.
Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui