A inadimplência das famílias capixabas é a menor dos últimos 13 meses. O percentual de famílias capixabas com contas ou dívidas em atraso de pagamento diminuiu pela quinta vez consecutiva, na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, passando de 38,2% para 36,7%.
No entanto, esse é menor valor dos últimos 13 meses, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Fecomércio-ES. A pesquisa foi realizada com base nos dados coletados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada neste mês de março.
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Aliás, o nível de endividamento no período foi de 90,3%. Contudo, o número de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso no próximo mês corresponde a 21,5%.
Na análise da Equipe Connect Fecomércio-ES, a queda no indicador de inadimplência significa a melhora da qualidade do endividamento. Isso reflete também uma melhoria da capacidade de pagamento das obrigações financeiras pelas famílias capixabas.
Desde o final do ano passado, o efeito do pagamento do décimo terceiro salário juntamente com os feirões de negociações de dívidas e queda nas taxas de juros proporcionou a liberação de crédito e um alívio para os inadimplentes. Junto a isso, soma-se o desempenho positivo do mercado de trabalho (formal e informal). Expresso pela diminuição do desemprego no Espírito Santo, que fechou 2023 com um índice de 5,7%.
Inadimplência das famílias capixabas cai
“Esse índice está abaixo da média nacional, de 7,8%. Tornando o Espírito Santo o detentor da menor taxa de desemprego na região Sudeste. E da sétima menor entre as 27 unidades da federação. É importante destacar também a representatividade do comércio de bens e serviços como os setores que mais empregam no Estado”, afirma Ana Carolina Júlio. Ela é pesquisadora responsável pelo Eixo Observa do Connect Fecomércio-ES.
De acordo com o Relatório Connect Taxa de Desemprego, das cerca de 2 milhões de pessoas ocupadas no 4º trimestre de 2023, 69% estavam trabalhando nos setores de Comércio e Serviços do Espírito Santo, sendo 19% no comércio e 50% nos serviços.
Segundo a pesquisadora, os indicadores de emprego e renda são essenciais para subsidiar toda a atividade econômica e interferem diretamente na capacidade de pagamento das famílias.
Nível de atenção
Ana Carolina Júlio afirma que, para os próximos meses, é preciso continuar monitorando esses indicadores de perto já que o percentual de famílias que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas no próximo mês, que é o grupo mais complexo dos inadimplentes, juntamente com o aumento do percentual de comprometimento da renda familiar pode sugerir inadimplência futura.
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