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Saúde e Bem-estar

Dengue no ES: condição pode afetar sistema nervoso central do paciente

Nesses casos, segundo o médico, o vírus invade o sistema nervoso central, inflamando o cérebro ou a medula e podendo levar a danos irreversíveis

Por Redação

2 mins de leitura

em 05 de abr de 2024, às 15h00

Foto: Divulgação/Fiocruz
Foto: Divulgação/Fiocruz

O Espírito Santo já registrou mais de 100 mil casos de dengue no primeiro trimestre do ano, com 15 mortes causadas pela doença neste período. Além de todos os sintomas já conhecidos da doença, casos mais graves podem levar a emergências, com necessidade de internação do paciente.

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O neurologista Daniel Escobar alerta que a dengue pode afetar o sistema nervoso central do paciente, causando alterações neurológicas que são secundárias ao quadro geral. “As alterações mais comuns apresentadas são confusão mental, sonolência e prostração, principalmente em pacientes idosos. No entanto, podem ocorrer alterações mais específicas e um pouco mais complicadas porque afetam diretamente o sistema nervoso central”, explica.

Nesses casos, segundo o médico, o vírus invade o sistema nervoso central, inflamando o cérebro ou a medula e podendo levar a danos irreversíveis. “O paciente pode ter encefalite, uma inflamação severa do cérebro e que, se não tratada, pode causar convulsões, paralisias e resultar em sequelas como problemas motores e de fala. Também pode ocorrer a mielite, que inflama a medula espinhal e pode causar fraqueza muscular, dormência e formigamento nas pernas, problemas de controle da bexiga e do intestino, e até mesmo paralisia”, esclarece Escobar.

Doenças neurológicas

De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cerca de 1% a 5% dos casos de dengue evoluem para doenças neurológicas. Entre os sintomas apresentados estão alteração do nível de consciência, rigidez de nuca, alterações visuais e de sensibilidade, fraqueza muscular e até convulsão. Eles podem ocorrer tanto no período febril ou, mais tardiamente, já na recuperação.

“Em todos os casos, a recomendação é procurar ajuda médica. O paciente precisa ser avaliado e, em caso de inflamações neurológicas é preciso que seja internado e monitorado para evitar complicações”, enfatiza o neurologista.

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