Uma iniciativa inédita está sendo lançada no Espírito Santo para proteger os jacarés-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) e seus ambientes naturais. A ArcelorMittal, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA), o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) e o Instituto Marcos Daniel (IMD) assinaram um Protocolo de Intenções que marca o início de um programa pioneiro de monitoramento e conservação da espécie.
A formalização ocorreu no último dia 23, durante inauguração do Centro Cultural Projeto Caiman, destinado ao fomento da cultura e biodiversidade capixaba, em Alphaville Jacuhy, na Serra.
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O Protocolo tem como objetivo estabelecer cooperação técnico-científica para desenvolver um programa de monitoramento e conservação da espécie e seus habitats, focando na recuperação e repovoamento das populações dos jacarés em Unidades de Conservação do Estado. Ameaçados de extinção, esses animais têm importante papel no meio ambiente e sua sobrevivência impacta diretamente na saúde e biodiversidade dos ecossistemas aquáticos e terrestres. Eles protegem as águas e florestas tanto por se alimentarem de animais menores como por fornecerem matéria orgânica a outros animais, principalmente os peixes.
O repovoamento nas Unidades de Conservação será feito com os mais de 600 animais que vivem, atualmente, nas lagoas da ArcelorMittal e são protegidos pelo Caiman. Parceira do Projeto desde sua concepção, em 2014, a empresa abriga, hoje, este que é o maior habitat preservado da espécie no Estado.
“Estamos orgulhosos de fazer parte deste programa inovador que, mais que proteger os jacarés e seus habitats, visa promover o desenvolvimento sustentável, a educação ambiental e a melhoria da qualidade dos ecossistemas naturais capixabas. Nossa parceria contínua com o Projeto Caiman demonstra o compromisso que temos com a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável da nossa região”, afirmou o CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina, Jorge Oliveira.
Para o diretor do Caiman, Yhuri Nóbrega, a assinatura e a inauguração do Centro são um marco para a preservação da biodiversidade capixaba. “Vamos unir a cultura e a biodiversidade em um único espaço, além disso, essa assinatura nos possibilita ampliar nossos estudos e pesquisas que visam a preservação da vida dos jacarés. Conservar a natureza é preservar nossa identidade, nossa cultura e garantir nosso futuro”, disse.
Centro Cultural
Inaugurado neste mês de abril, o Centro Cultural Projeto Caiman é destinado ao fomento da cultura e biodiversidade capixaba. O novo espaço conta com exposição fotográfica sobre a cultura e as belezas naturais do ES, grafite, esculturas, dentre outras manifestações artísticas; cineclube com produções capixabas; museu de arqueologia e lojinha. Oferece, ainda, programações educativas gratuitas para escolas e população em geral, visando proporcionar uma imersão ao conhecimento dos jacarés e da Mata Atlântica.
O espaço funciona de terça à sexta-feira, com programação gratuita, das 9h30 às 16 horas. O atendimento de grupos e escolas deve ser agendado por e-mail ([email protected]) e conta com roteiro didático e pedagógico de terça à sexta-feira, com foco na conscientização ambiental e valorização da cultura capixaba.
O Centro é uma iniciativa cultural do Instituto Marcos Daniel e Secretaria de Cultura do Espírito Santo, com parceria com o Instituto Últimos Refúgios e a Prefeitura Municipal da Serra. O patrocínio é da ArcelorMittal Tubarão, via Lei Capixaba de Incentivo à Cultura (LICC).
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