Escola de Alegre utiliza autobiografia em debate sobre escravidão
A ação promoveu a compreensão do período nas palavras de quem realmente a vivenciou.

Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Ana Monteiro de Paiva, localizada no município de Alegre, participaram, no decorrer do mês de maio, de uma série de debates pautados na autobiografia de Olaudah Equiano.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA princípio, a iniciativa buscou, por meio da obra que narra a história do ex-escravizado e líder da luta abolicionista na Inglaterra, analisar o contexto da escravidão no Brasil.
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Momentos de análise
Durante a realização do projeto na escola de Alegre, os estudantes participaram de diversas atividades que envolveram pesquisa, leitura e análise de textos. Além disso, em rodas de conversa, foi possível debater a temática da escravidão e suas implicações até os dias atuais sob o prisma dos conceitos de direitos humanos e justiça social.
Para o professor de Geografia, Ronilson Oliveira Paulino, a ação promoveu a compreensão do período nas palavras de quem realmente a vivenciou. “Olaudah Equiano, também conhecido como Gustavus Vassa, nasceu por volta de 1745 na região que hoje é a Nigéria. Foi raptado aos 11 anos e vendido para diversos donos africanos antes de ser enviado a colônias europeias na América. Após conseguir sua liberdade, dedicou-se a aprender a ler e escrever, além de adquirir conhecimentos em matemática e outros ofícios. Ele se tornou uma figura proeminente no movimento abolicionista, publicando sua autobiografia em 1789. A obra que se tornou fundamental na luta contra a escravidão”, explicou Ronilson Oliveira Paulino.
Luta contra a escravidão
Já a professora de História da escola de Alegre, Lidiana Lordeiro Cogô, destacou a importância das autobiografias negras para compreensão do processo escravocrata. Bem como, reforçou a relevância da luta contra a escravidão e o racismo na atualidade.
“A história de Equiano, marcada por sua resiliência e superação, inspirou os alunos em suas próprias jornadas e não apenas enriqueceu o conhecimento histórico”, contou Lidiana Lordeiro Cogô.
Fonte: Sedu