ads-geral-topo
Política

Fundação apresenta relatório de trabalhos na saúde de hospitais do ES

As informações divulgadas pelo diretor-geral foram referentes ao ano de 2023

Por Redação

5 mins de leitura

em 16 de jul de 2024, às 17h55

Foto: Lucas S. Costa
Foto: Lucas S. Costa

O diretor-geral da Fundação Estadual de Inovação em Saúde (iNova Capixaba), Rafael Amorim Ricardo, prestou contas do trabalho realizado à frente da entidade em 2023, nesta terça-feira (16). O gestor apresentou avanços e desafios relacionados aos hospitais estaduais Antônio Bezerra de Faria (HABF), em Vila Velha, e Central (HEC), em Vitória, ambos administrados pela iNova.

À Comissão de Saúde, presidida pelo deputado Dr. Bruno Resende (União), Rafael lembrou que a fundação, criada por meio de decreto em 2020, representa uma “ferramenta de gestão” também existente em outros estados com foco no aperfeiçoamento dos processos hospitalares, visando a redução de custos, regulamentação de compras e cumprimento de metas de desempenho.

Leia Também: PL protege idosos contra violência patrimonial e financeira no ES

O convidado contou que a fundação desempenha papeis em outras áreas, como educação, pesquisa e eventos científicos. “O hospital público, além de prestar serviço assistencial qualificado, tem obrigação de formar novos profissionais, qualificar novos profissionais e gerar pesquisa científica”, observou, ao citar a Lei Complementar (LC) 924/2019, que autorizou a criação da entidade com a aprovação dos deputados.

Dados

As informações divulgadas pelo diretor-geral foram referentes ao ano de 2023 e restritas ao desempenho dos hospitais Bezerra de Faria e Central. Ele explicou que os hospitais estaduais Dório Silva, na Serra, e o Silvio Avidos, em Colatina, passam a fazer parte do quadro da iNova neste ano e estão em processo de transição de gestão.

Pertencente à fundação, o HABF faz atendimentos de urgência e emergência – tem 91 leitos, sendo 14 intensivos. Um dos pontos frisados por Rafael foi a readequação estrutural pela qual passa desde que foi assumido pela fundação, em 2022. “Hospital pequeno para uma porta muito grande”, disse ele ao se referir ao 1,2 milhão de capixabas para o qual a unidade é referência.

Ano passado, o hospital recebeu aporte de R$ 92,7 milhões da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que permitiram a realização de 38.249 atendimentos de urgência (número menor que o ano anterior, de 39.782), 10.419 atendimentos ambulatoriais, além de 5.814 internações e 4.614 cirurgias (acima das 4.566 de 2022). O indicador que afere a satisfação do usuário ficou em 95,56% em média.

Já o HEC é referência em urgência e emergência de neurologia na Grande Vitória e interior com 145 leitos. “É o maior centro de AVC público do Brasil”, afirmou. Um dos destaques foi a habilitação feita, no final de 2023, pelo Ministério da Saúde (MS) para o serviço de trombectomia mecânica, procedimento avançado contra AVC isquêmico. Ao todo, foram 188 cirurgias dessas realizadas ano passado.

Primeira posição no ranking

Outro ponto salientado foi o número de captações de órgãos feitas no período: 98, sendo 42 córneas, 40 rins e 16 fígados. Os dados colocam o Central na primeira posição no ranking que considera hospitais da rede estadual e notificações de doadores viáveis. O titular da pasta da Saúde, Miguel Paulo Duarte Neto, comentou os esforços para adotar esse perfil no HEC quando ainda era diretor da unidade.

“Eu me lembro da primeira reunião que nós fizemos sobre captação de órgãos. Foi em janeiro de 2021. No ano anterior o hospital tinha captado dois órgãos”, narrou o secretário, que também preside o Conselho Curador da iNova. De acordo com ele, a mudança no paradigma é baseada no número de pacientes com morte encefálica.

A quantidade de cirurgias apresenta um viés de alta, já que em 2023, o Central executou 4.510 procedimentos, acima dos 3.919 registrados em 2022 e dos 3.856 de 2021. Os indicadores de satisfação dos pacientes têm média de 97,10%. O HEC recebeu do governo do Estado repasse de mais de R$ 142 milhões no ano passado.

Desafios

Além dos avanços, Rafael Ricardo, enumerou desafios para 2024, como a realização de concurso para preenchimento de vagas e formação de cadastro nos hospitais Bezerra de Faria e Central – certame já foi realizado. Há ainda pontos como a conclusão da implementação do sistema de gestão de qualidade nas unidades; a continuidade ao programa de capacitação de lideranças no SUS; o desenvolvimento das práticas de ESG, e o conjunto de reformas no HABF, entre outros.

Embora reconheça as melhorias implantadas no hospital localizado em Vila Velha, o deputado Dr. Bruno Resende pediu prioridade para resolver problemas estruturais, sobretudo no aumento de leitos de UTI, de 14 para 20. “Você mostrou que a iNova não tem serviços perfeitos, mostrou quais são as dificuldades a serem vencidas e mostrou que há planejamento para vencer essas dificuldades”, avaliou.

O parlamentar considerou que o modelo de gestão da fundação não é reconhecido no Espírito Santo. “Infelizmente não é todo mundo que tem o conhecimento de fato em torno daquilo que é prestado de serviço pela Fundação iNova. Eu não tenho qualquer dificuldade em ouvir divergência política de quem quer que seja. A minha dificuldade é quando essa divergência não é embasada em absolutamente nada”.

A reunião teve a presença do presidente da Comissão de Saúde da OAB-ES, Marcus Tourinho, demais membros da iNova e diretores hospitalares. 

Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui.

ads-geral-rodape