Segurança

Salas Marias vão ser implantadas na Região Sul até 2025

As Salas Marias foram implementadas em todas as Delegacias Regionais da Região Metropolitana da Grande Vitória

Redação Redação

Salas Marias
Foto: Divulgação/Polícia Civil

Com mais de 100 participantes, entre presenciais e on-line, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) realizou, nesta terça-feira (30), a primeira reunião de apresentação do projeto Salas Marias e do fluxo de acionamento da Rede de Apoio para mulheres vítimas de violências doméstica e familiar.

Leia também: Grupo criminoso trazia drogas para o ES dentro do próprio corpo

O objetivo foi explicar para os representantes dos municípios todo o passo a passo do atendimento prestado a essas mulheres nas Delegacias de Polícia Civil, bem como esclarecer a importância da integração com os demais órgãos de apoio, para a continuidade do atendimento socioassistencial às vítimas.

A reunião foi aberta pelo secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Eugênio Ricas, que falou sobre a importância da integração para o atendimento contínuo dessas vítimas.

“As Salas Marias representam um importante avanço no atendimento à mulher vítima de violência no Espírito Santo, mas esse atendimento não termina na delegacia. É imprescindível que toda a rede de atenção esteja integrada e estamos aqui promovendo este alinhamento, esta integração”, afirmou Eugênio Ricas.

A secretária de Estado das Mulheres, Jacqueline Moraes, também participou da reunião. Ela afirmou que a importância das Salas Marias reside em sua capacidade de proporcionar um espaço seguro e humanizado para o atendimento às vítimas, reforçando o compromisso com a dignidade e a segurança das mulheres.

“A reunião de apresentação do projeto Salas Marias mostra um grande avanço na integração da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, a Sesp, e da Secretaria Estadual das Mulheres (SESM) junto aos municípios, no combate à violência contra a mulher e proteção da mesma. A Sesp tem desempenhado um papel fundamental, promovendo a humanização no atendimento e fortalecendo a proteção das mulheres. A Secretaria Estadual das Mulheres está plenamente integrada a essa iniciativa, por meio do Programa MulherViver+, que faz parte do Estado Presente e que acolhe e abraça todas essas políticas públicas para as mulheres do Estado do Espírito Santo”, declarou a secretária Jacqueline Moraes.

Atendimento nas Salas Marias

As Salas Marias foram implementadas em todas as Delegacias Regionais da Região Metropolitana da Grande Vitória e passaram a atender as mulheres em situação de violência em abril deste ano. Até o final de 2025, o planejamento da Gerência de Proteção à Mulher (GPM) da Sesp prevê a implantação em mais 13 delegacias: Linhares, Colatina, Aracruz, Barra de São Francisco, São Mateus, Nova Venécia, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Alegre, Santa Teresa, Itapemirim, Ibatiba e Anchieta.

As Salas são humanizadas para acolher mulheres e crianças/adolescentes em situação de violências doméstica e familiar, e o atendimento policial é realizado por meio da Central de Teleflagrante, o que viabiliza a padronização dos atendimentos.

Na Central de Teleflagrante, três assistentes sociais compõem a equipe, dando suporte à vítima e promovendo a articulação direta com a rede de assistência de todo o Estado. A presença das assistentes sociais permite o encaminhamento dessas mulheres para o serviço especializado de forma célere, possibilitando a continuidade da assistência a ela e aos filhos, tanto por meio da assistência social do município quanto pelos Núcleos Margaridas, da Secretaria Estadual das Mulheres.

Em junho deste ano, a Central de Teleflagrante encaminhou 605 procedimentos para a rede de apoio psicossocial, obtendo um feedback de 526 dos casos, o que representa 87% do total. Em julho, até o dia 23, 418 procedimentos foram encaminhados.

“O encaminhamento proporciona a continuidade no atendimento dessa mulher. Os serviços municipais de assistência, como o CRAS e o CREAS, são informados do caso e podem realizar a busca ativa a essas vítimas, oferecendo os serviços disponíveis no município. O mesmo ocorre nas cidades onde existem os Núcleos Margaridas. Além disso, esse contato nos permite contribuir com informações que possam auxiliar os municípios na elaboração de estratégias de prevenção e enfrentamento às violências”, explicou a delegada Michele Meira, gerente de Proteção à Mulher da Sesp.

Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui