Esse tumor nos olhos é o mais comum entre as crianças
Por se tratar de uma doença que acomete principalmente bebês e crianças, muitas vezes há falha em reconhecer os sinais e sintomas levando ao diagnóstico tardio.
Segundo o Ministério da Saúde, a Retinoblastoma é o tumor ocular mais comum em crianças no Brasil. Sendo assim, representando cerca de 3% dos cânceres infantis, chegando a uma média de 400 casos por ano. A doença pode comprometer um olho em 60% dos casos ou em ambos em 40% dos casos. No mundo, a sua incidência corresponde a 2% a 4% das neoplasias que ocorrem na criança (de 0 a 14 anos).
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A oftalmologista Flávia Sardenberg, do Centro Capixaba de Olhos (CCOlhos), explica que o tumor é originário de células da retina e pode estar presente já ao nascimento ou aparecer nos primeiros anos de vida. No entanto, o diagnóstico e o tratamento precoces, promovem a cura em mais de 90% dos casos.
Como identificar a doença?
Por se tratar de uma doença que acomete principalmente bebês e crianças, muitas vezes há falha em reconhecer os sinais e sintomas levando ao diagnóstico tardio, por isso os pais e responsáveis precisam ficar atentos aos principais sinais.
Entre eles está o “Olho de gato”: a doença provoca uma área branca e opaca na pupila, chamada leucocoria, causada pela reflexão da luz, facilmente visível em fotos tiradas com flash, em crianças com retinoblastoma.
Outros sinais, são: a alteração na posição dos olhos (estrabismo), globo ocular maior do que o normal, vermelhidão, nistagmo (movimentos irregulares dos olhos), diminuição visual, heterocromia (cor diferente dos olhos), cefaléia, dor óssea, fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) e perda da visão. Em todos esses casos a criança deve ser levada ao oftalmologista para um exame completo.
O retinoblastoma pode ser identificado desde o momento do nascimento, na maternidade, pelo neonatologista, ou nos exames de rotina pelo oftalmologista nos primeiros anos de vida da criança, utilizando o Teste do Reflexo Vermelho ou teste do olhinho. O levantamento do histórico familiar, o exame de fundo do olho e o ultrassom fornecem elementos importantes para confirmar o diagnóstico.
Tratamento
Na maioria dos casos o retinoblastoma é uma doença curável. Como tratamento temos laserterapia ou crioterapia (tumores menores), quimioterapia e radioterapia.
Em alguns casos, é preciso recorrer à enucleação, isto é, à retirada cirúrgica do globo ocular.
Não há como prevenir o câncer, mas o diagnóstico precoce é fundamental. Por isso, a especialista recomenda passar por uma avaliação oftalmológica que inclui o Teste do Olhinho na maternidade. Caso não tenha realizado o exame, procure um oftalmologista.
“A criança deve retornar ao médico antes dos três anos, ou quando notar alterações como olhos vermelhos, reflexos brancos na pupila, sinais de estrabismo, por exemplo. Também é importante verificar se há outros casos de retinoblastoma na família”, orienta Flávia Sardenberg.
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