Número de estabelecimentos de saúde no ES cresce 27,5% em cinco anos
De acordo com o estudo, são instituições em sua maioria privadas, sem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Mais unidades de saúde, hospitais, ambulatórios e farmácias para os capixabas. Levantamento do Panorama da Saúde, estudo lançado pelo Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), apontou que, nos últimos cinco anos, o número de estabelecimentos de saúde no estado cresceu 27,5%, superando a média nacional, de 21,3%.
De acordo com o estudo, são instituições em sua maioria privadas, sem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2020, havia 6.953 estabelecimentos no Espírito Santo, já neste ano são 8.867. Vale ressaltar que, desses, 4.608 estão situados na Grande Vitória. Em relação ao país, eram 244.926 instituições em 2020, e atualmente são 305.336.
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Os dados divulgados pelo Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac são baseados em informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A Fecomércio-ES também lançou nesta semana o Panorama do Comércio Exterior, com dados do setor desde o início do ano.
Ao citar estabelecimentos de saúde, o panorama pontua, principalmente, ambulatórios, unidades de apoio diagnóstico, unidades básicas de saúde, farmácias, unidades de reabilitação, centrais de regulação e hospitais.
Estabelecimentos de saúde no ES
Da mesma forma que o número de estabelecimentos, a quantidade de leitos também cresceu 14% nos últimos cinco anos – sendo que os públicos aumentaram 20,45%, os privados, 50,78%, e os particulares com convênio com o SUS, 546,4%. Outro destaque foi para a ampliação de empregos formais no setor de saúde, que subiu 18,1%, passando de 48.068 em 2020 para 56.766 neste ano. Além disso, o número de beneficiários de planos de assistência médica cresceu 16,5% (de 1.112.080 para 1.295.586) e os usuários de planos odontológicos aumentaram 42% (de 521.314 para 740.442).
O estudo apontou ainda que, de 2020 a 2024, a quantidade de estabelecimentos da atenção básica de saúde diminuiu 31,30% – de 2.836 para 1.681 –, enquanto os de média e alta complexidade aumentaram, respectivamente, 37,34% e 14,57% – ou seja, as instituições de atenção média saíram de 5.470 para 7.513, e as de alta, de 199 para 228.
O levantamento também mostrou que a região metropolitana concentra a maior parte das instituições de média e alta complexidade, sendo a localidade com mais quantidade de estabelecimentos de atenção básica em relação às demais regiões capixabas.
“Uma das explicações para o crescimento de estabelecimentos de saúde nos últimos cinco anos é a pandemia da covid-19, que criou, em 2020, uma demanda urgente por serviços de saúde adicionais, desde a prevenção – com vacinação e educação – até o tratamento, sendo a hospitalização e cuidados intensivos, e a reabilitação dos pacientes pós-covid. Já quanto aos usuários de planos de saúde, uma das razões para o aumento se deve à ampliação de empregos formais registrados no estado, com a oferta desses benefícios pelas empresas aos seus profissionais”, explicou a coordenadora do Observatório do Comércio, o Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio.
O presidente do Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac, Idalberto Moro, ressaltou que o Connect Fecomércio-ES tem a missão de apresentar informações relevantes para a sociedade.
“Produzimos nossos dados e buscamos detalhes também de entidades de segmentos importantes da sociedade. Desenvolvemos panoramas de oito segmentos e agora lançamos mais dois – de saúde e comércio exterior. O Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac – que são os setores de comércio, serviço e turismo – representa cerca de 70% da economia capixaba no que diz respeito a emprego e arrecadação. Por ter essa grande importância para o Espírito Santo, focamos os levantamentos nessas áreas”, ressaltou.
Movimento do comércio exterior capixaba cresce 41,2% no primeiro semestre
Comércio exterior capixaba em expansão: indicadores do setor apontam que a movimentação no Espírito Santo cresceu 41,2% no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. O volume das importações se destacou, com aumento de 72,2%
O levantamento é do Panorama do Comércio Exterior, estudo lançado nesta semana pelo Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No acumulado de janeiro a junho deste ano, o comércio exterior do estado teve um saldo negativo na balança comercial por conta do valor dos produtos importados, que é maior do que os exportados.
Dos itens que são enviados para o exterior, destacam-se o minério de ferro e produtos semiacabados de ferro e aço, café não torrado, celulose, óleos brutos crus de petróleo ou de minerais, cal e cimento, ou seja, basicamente dos setores de mineração, agricultura, indústria petrolífera e manufatura.
Já os artigos importados pelo capixaba são, principalmente, automóveis, veículos para transporte de mercadorias e usos especiais, aeronaves e seus equipamentos e carvão. A coordenadora do Observatório do Comércio, o Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio, explica que, mesmo com o saldo negativo na balança comercial capixaba, isso não significa que o desempenho das exportações está fraco.
“O saldo negativo na balança comercial capixaba no primeiro semestre deste ano foi de US$ 2,31 bilhões. Isso ocorreu porque o valor das importações chegou a US$ 7,54 bilhões enquanto as exportações somaram US$ 5,23 bilhões. Esse resultado é devido ao grande aumento no volume de importação de veículos a partir de setembro de 2023, tanto de passageiros quanto de transporte de mercadorias e de aeronaves, que são produtos de alto valor agregado”, explicou Ana Carolina Júlio.
Outra observação importante da coordenadora é que a importação no Espírito Santo tem vantagens interessantes para os empresários como a alíquota interestadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para importação, de 4% –menor do que em outros estados –, o que reduz consideravelmente a carga tributária. Além disso, o estado tem uma posição estratégica no país, facilitando o acesso a importantes mercados consumidores e fornecedores, com custo logístico atrativo.
As pesquisas completas sobre comércio exterior e saúde, com os dados detalhados, podem ser acessadas no site da Fecomércio-ES, na seção Connect: https://fecomercio-es.com.br/pesquisas/.
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