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Saúde e Bem-estar

‘Não foi o fim’, diz capixaba que venceu câncer de mama em estágio avançado

Histórias como a da capixaba Luzinet Cabral, que venceu o câncer de mama e adotou um modelo de vida muito mais saudável após a doença, serão cada vez mais comuns.

Por Redação

4 mins de leitura

em 21 de out de 2024, às 16h06

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

“O câncer não foi o fim, mas o início de uma nova vida”. Aos 62 anos, depois de superar um tumor mama, a vendedora Luzinet Cabral, de 62 anos, passou a enxergar cada dia como uma nova oportunidade de se desafiar. Os medos, deram lugar a uma necessidade diária de estar atenta aos detalhes:

“Hoje a coisa que eu mais gosto é de um abraço. Dou valor a tudo aquilo que o dinheiro não compra, a vida é muito linda”.

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Mãe e avó, ela descobriu a doença – já em grau 5 – em 2022. Além da família, dos médicos e amigos, ela teve a fé e a atividade física como grandes aliadas para superar o câncer.   

“A palavra desistir não pode existir no vocabulário de quem passa por uma doença como o câncer. Eu ia de salto fazer a quimioterapia, para não deixar o meu astral cair. Tive todos os sintomas ruins do tratamento, mas resolvi me desafiar. Comecei me superando muito para conseguir fazer alongamento enquanto ainda estava na quimio, depois fui para a canoa havaiana, para a zumba e para a academia. Morria de medo do mar, e aprendi a nadar em mar aberto. A atividade física me ajudou a superar todas as adversidades da doença. Se tivesse atividade física em comprimido, ninguém ficava doente”, afirma.

Desfechos felizes como o de Luzinet devem ser cada vez mais comuns.

“Os avanços da tecnologia tem proporcionado melhorias não só no diagnóstico, com técnicas eficazes e inovadoras, mas também proporcionam ganhos significativos em prevenção e tratamento da doença. A evolução no conhecimento sobre a célula tumoral e sua genética, fez compreender e conhecer melhor a doença, tornando possível a identificação de mutações específicas relacionadas ao câncer, levando ao desenvolvimento de alvos terapêuticos. Sem dúvida, a maior parte dos pacientes diagnosticados em fase inicial e tratados de forma adequada serão curados. E, para aquele grupo de pacientes que possuem uma doença avançada ou metastática, ou seja, em atividade no organismo, terá sua doença muito bem controlada com o tratamento, podendo viver mais e com qualidade”, defende a médica Alyssa Miranda, oncologista da São Bernardo Samp.

É bem verdade que o câncer de mama tem uma alta taxa de recuperação – que pode ultrapassar aos 90% nos casos de diagnóstico precoce -, mas a medicina acredita que o futuro será demais casos de câncer diagnosticados e, por sua vez, uma taxa maior de cura. 

“A incidência do câncer vai aumentar por uma razão simples que é o envelhecimento da população. Quanto maior a expectativa de vida, maior a incidência de doenças crônicas. Quando se trata de um aumento relacionado as pessoas jovens, as causas estão atribuídas a um conjunto de fatores, em especial o estilo de vida, com hábitos alimentares ruins que predispõe ao risco de obesidade, sedentarismo, consumo de álcool, tabaco e cigarros eletrônicos. Compreender e reduzir esses fatores de risco modificáveis é fundamental na prevenção da doença. Outro fator importante é conhecer sua história familiar e genética, identificando assim alguma mutação que aumente sua chance de desenvolver a doença e, dessa forma, realizar exames de rastreio de forma mais precoce”, afirma a médica.

“Oferecer o tratamento certo, para o paciente certo, no momento certo. Enxergar o paciente de forma integral, com um cuidado orquestrado de forma multidisciplinar. Fazer com que os pacientes vivam com a doença controlada por muitos anos e mantenha sua percepção de saúde e bem-estar. O paciente merece um olhar que vá além da doença. Precisamos avançar em meios de fazer com que esse acesso seja para todos. Entender para quem e quanto um tratamento pode ser eficaz”, avalia a oncologista. Para os que estão na luta contra a doença, fica o recado da Luzinet: “Tudo passa. Vai passar. Não pode é se entregar”. 

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