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Saúde e Bem-estar

Sesa faz parceria com Hucam para ampliar captação de córneas no ES

Desde o começo dos trabalhos, iniciados em setembro, a equipe já registrou seis captações de córneas.

Por Redação

4 mins de leitura

em 30 de out de 2024, às 16h07

Foto: Divulgação/ Sesa
Foto: Divulgação/ Sesa

A Secretaria da Saúde (Sesa) e o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) firmaram parceria com o Banco de Olhos do Hucam para aumentar as doações de córneas no Espírito Santo e facilitar transplantes. Sendo assim, desde o começo dos trabalhos, iniciados em setembro, a equipe já registrou seis captações de córneas.

Contudo, para iniciar a parceria, o Serviço de Verificação de Óbitos contou com o apoio da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES). A CET-ES realizou capacitações das equipes técnicas do serviço. As capacitações foram voltadas para a identificação de possíveis doadores.

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Incluíram também a abordagem à família que está doando a córnea do seu parente. Além disso, houve contato com o Banco de Olhos para iniciar o processo de doação.

A chefe do Núcleo Especial do Serviço de Verificação de Óbitos, Andressa Salles, informou sobre a parceria com o HUCAM. O relatório feito à família do falecido, que aborda questões clínicas, foi atualizado. Agora, ele inclui um item sobre o interesse dos parentes em doar a córnea.

“Implementamos também a notificação dos óbitos pelo sistema on-line de Notificação de Óbito – Doação de Córnea (NODC) para melhor vigilância dos casos. Andressa Salles explicou que os técnicos da Central de Transplante Estadual capacitaram a equipe.

Transplante

Ela também ressaltou que, embora seja um momento de profunda tristeza, durante o preenchimento do formulário, receber o ‘sim’ da família doadora é um ato de amor ao próximo e muita empatia. “Nesse processo, saber fazer o acolhimento dos parentes enlutados é essencial.

É necessário todo o cuidado, porque não é fácil perder alguém e, ao mesmo tempo, compreender que essa doação vai estar ajudando uma pessoa a viver com mais qualidade de vida. Mas quando isso acontece, é indescritível”, disse a chefe de núcleo.

Atualmente, segundo dados da CET-ES, 1.290 pessoas aguardam para a realização de um transplante de córnea no Estado. Só neste ano, de janeiro a setembro, foram realizados 240 transplantes de córnea.

Saiba mais sobre o SVO

O Núcleo Especial de Verificação de Óbitos, da Secretaria da Saúde, está vinculado à Gerência Estratégica de Vigilância em Saúde (GEVS). Essa gerência, por sua vez, pertence à Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SSVS).

Além disso, o núcleo fica localizado anexo ao Hospital da Polícia Militar, em Vitória, e é referência estadual para necropsias que esclarecem óbitos de causa natural não elucidada.

Ademais, atende também casos de óbitos sem assistência médica ou com causa de morte indefinida. Nesse sentido, encaminham-se ao SVO os casos de morte natural, como morte súbita e óbitos domiciliares sem assistência.

Por fim, inclui ainda óbitos em Pronto Atendimento sem causa conhecida e casos notificados ou em estudo pela vigilância epidemiológica.

Os médicos que acompanharam o paciente em vida devem atestar as mortes naturais com diagnóstico bem definido. Nesse caso, não há necessidade de encaminhar o corpo para o SVO. Se a circunstância do óbito for natural, mas a causa for desconhecida, o SVO encaminhará o corpo da pessoa que faleceu em casa, num hospital ou em via pública.

O Serviço de Verificação de Óbito desenvolve um trabalho diferente do realizado pelo Departamento Médico Legal (IML) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), que investiga mortes por causas externas, como quedas, envenenamentos, homicídios e outras situações de morte violenta ou acidental.

Doação de córnea

A córnea é um tecido transparente que fica na parte da frente do olho. Se a córnea se opacifica (embaça) a pessoa pode ter a visão bastante reduzida ou, às vezes, até perder a visão. Os transplantes permitem que pessoas com alguma deficiência visual por problemas de córnea recuperem a visão.

No Espírito Santo, qualquer pessoa entre 2 e 75 anos pode ser doador de tecidos oculares. Diante de uma notificação de potencial doador, a equipe realizará uma triagem aplicando um questionário junto aos familiares, revisando o histórico médico e os exames sorológicos para definir se há alguma contraindicação à doação.

Uma dúvida bastante comum é se o uso de correção visual (óculos ou lentes de contato), ou de alguma possível doença como catarata ou até cegueira por diabetes ou glaucoma seriam contraindicações à doação, e a resposta é que estes casos não são contraindicação à doação.

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