Apelidos pejorativos e comentários sobre aspectos físicos, comportamentais e emocionais de colegas no contexto da escola parecem até parecer brincadeiras divertidas, próprias de crianças e adolescentes, mas o impacto que tais atitudes, quando realizadas de maneira constante, podem causar no desenvolvimento social, afetivo, emocional e da aprendizagem é um assunto sério.

Leia também: Linhares inicia castração grátis de cães e gatos na próxima segunda (18)

Para chamar a atenção sobre o bullying e o cyberbullying, visando à prevenção dos casos, os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental do Centro Educacional Leonardo da Vinci realizam nesta quinta-feira, dia 14, às 10h, a peça teatral “Carta ao agressor: uma história de bullying”. Voltada para os alunos dos 5^os, 6^os e 7^os anos da instituição, a apresentação faz parte do encerramento do eixo temático “Bullying e Convivência Escolar” e conta com a orientação da professora Ana Paula Aguiar, da disciplina Projeto de Vida, e da orientadora educacional dos ensinos Fundamental II e Médio, Valéria Merçon Assad.

Inspirados no livro “Extraordinário” e no filme “Divertida Mente 2”, os estudantes contarão a história de Juca, um garoto com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) que enfrenta desafios emocionais e sociais na escola. Ao todo, 13 alunos são responsáveis pela atuação e pela parte técnica do espetáculo (luz, som e cenário).

“A peça teatral aposta em uma abordagem sensível e reflexiva para retratar as emoções vividas por Juca. Com diálogos tocantes e cenas inspiradoras, queremos conscientizar sobre como o bullying pode afetar profundamente o bem-estar emocional e a saúde mental de uma criança”, revela Ana Paula. 

Segundo Valéria, a iniciativa faz parte das ações preventivas e interventivas contra o bullying. O intuito é proteger a integridade física e emocional dos alunos. “O acompanhamento da escola é fundamental para que a manifestação repetitiva de brincadeiras com aspectos físicos e psicológicos de uma pessoa não prejudique o desenvolvimento escolar dos envolvidos. Trabalhamos muito a prevenção, supervisionando as brincadeiras e tomando ações imediatas, porque um alvo de bullying certamente terá reflexos negativos na aprendizagem, já que ele não estará tranquilo para se dedicar aos estudos”, defende a orientadora.