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Política

“Discurso de ódio”, diz Felipe Rigoni após audiência pública na Ales

Rigoni ainda ressaltou que foi aberto ao diálogo e mostrou respeito aos presentes durante 5 horas.

Por Diorgenes Ribeiro

2 mins de leitura

em 04 de nov de 2024, às 10h45

Foto: Lucas S. Costa
Foto: Lucas S. Costa

Na última quarta-feira (30), a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa realizou debate com presença do secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado, Filipe Rigoni (União), e segmentos que questionaram o modelo de concessão de unidades de conservação estaduais.

Conduzida pelo presidente do colegiado, deputado Gandini (PSD), a reunião discutiu a concessão para seis parques naturais, estabelecida no Programa de Desenvolvimento Sustentável das Unidades de Conservação do Estado do Espírito Santo (Peduc), por meio do Decreto 5.409-R/2023.

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Segundo o decreto, as unidades ambientais contempladas pelo Peduc são Cachoeira da Fumaça (Alegre); Forno Grande e Mata das Flores (ambos em Castelo); Itaúnas (Conceição da Barra); Paulo César Vinha (Guarapari); e Pedra Azul (Domingos Martins).

O secretário destacou ainda que as áreas a serem concedidas representariam apenas 0,1% de todas as extensões e que na reta final dos estudos, haverá consulta e audiência pública. Os parques, Paulo César Vinha e Itaúnas não terão nenhuma cobrança, já os outros quatro darão gratuidade apenas para moradores dos municípios onde ficam as unidades e para pessoas no CadÚnico.

Agressividade

Após a realização da Comissão na Ales, Felipe Rigoni usou suas redes sociais para desabafar sobre tudo o que ocorreu na Casa de Leis. “Já imaginou ser vaiado ao falar que um projeto é capaz de gerar 10 mil empregos? Por falar que é possível aliar preservação ambiental e desenvolvimento econômico? Isso tudo por um público em que a vida toda se disse protetor daqueles que mais precisam”, disse o secretário.

Rigoni ainda ressaltou que foi aberto ao diálogo e mostrou respeito aos presentes durante 5 horas. “Mas na minha fala, foram proferidas ofensas à minha honra, à minha família, ao meu fato de ser cego”.

O secretário ainda frisou que o diálogo deve sempre existir. “Agora o desrespeito é inaceitável. E ontem, a grande maioria dos presentes participou da audiência para simplesmente proferir discursos de ódio. O preconceito e a falta de respeito com quem pensava diferente foram frequentes. Preservação ambiental e desenvolvimento econômico podem, sim, caminhar juntos”, finalizou.

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