Governo fechou 2024 com arrecadação recorde de R$ 2,709 trilhões
No ano passado, os principais indicadores apontaram para um bom desempenho macroeconômico do setor produtivo. A produção industrial teve cresceu 3,22%; a venda de bens, 3,97%; e a venda de serviços, 2,9%.

A arrecadação do governo federal fechou o ano de 2024 em R$ 2,709 trilhões, informou, nesta terça-feira (28), a Receita Federal. De acordo com os dados, esse é o maior valor registrado na série histórica, iniciada em 1995. Além disso, o resultado representa um crescimento real de 9,6%, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2024 contra o ano anterior. Mesmo com a correção pela inflação, o governo arrecadou R$ 2,653 trilhões no ano.
Ainda segundo a Receita, o aumento decorreu principalmente da expansão da atividade econômica. Isso afetou positivamente a arrecadação, bem como da melhora no recolhimento do PIS/Cofins. Entre os principais fatores, destacou-se o retorno da tributação incidente sobre os combustíveis, entre outros elementos.
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Também contribuíram para a arrecadação recorde o crescimento da arrecadação do Imposto de Renda sobre a tributação de fundos. Além disso, foi considerado o desempenho positivo do Imposto de Importação e do IPI vinculado à Importação, uma vez que houve um aumento das alíquotas médias desses tributos. Dessa forma, esses fatores desempenharam um papel crucial no fortalecimento da arrecadação federal.
Setores
No ano passado, os principais indicadores apontaram para um bom desempenho macroeconômico do setor produtivo. A produção industrial teve cresceu 3,22%; a venda de bens, 3,97%; e a venda de serviços, 2,9%. O valor em dólar das importações teve resultado positivo de 8,65% e o crescimento da massa salarial ficou em 11,78%.
Entre os tributos, a arrecadação da Cofins/PIS-Pasep somou R$ 541,743 bilhões, um aumento de 18,6% em relação ao ano de 2023. As contribuições previdenciárias fecharam em R$ 685,012 bilhões, crescimento de 5,34% em relação a 2023; Imposto sobre Importação e IPI-Vinculado, com arrecadação de R$ 109,608 bilhões, aumento de 33,75% na comparação com 2023.
O IRRF-Rendimentos de capital fechou o ano passado com arrecadação de R$ 146,539 bilhões, crescimento de 13,12%. Já o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) arrecadaram R$ 502,720 bilhões, alta de 2,85%.
No recorte setorial, as maiores altas nominais de arrecadação em 2024 se deram nas áreas de comércio atacadista, que recolheu R$ 171,285 bilhões; entidades financeiras, R$ 288,621 bilhões; combustíveis, R$ 105,354 bilhões; atividades auxiliares do setor financeiro, R$ 86,044 bilhões; e fabricação de automóveis, com R$ 63,907 bilhões.
O resultado da arrecadação também foi positivo em dezembro do ano passado, ficando 7,78% acima da inflação e recolhendo R$ 261,265 bilhões.
Com informações de Agência Brasil
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