Economia

Afinal, por que os ovos estão tão caros e quando os preços vão baixar?

A explicação para a disparada de preços é porque, com menos ovos disponíveis no mercado e um aumento na compra, os preços sobem naturalmente

Por Fernanda Zandonadi

2 mins de leitura

em 17 de fev de 2025, às 14h07

Foto: divulgação/Freepik.com
Foto: divulgação/Freepik.com

A baixa oferta de ovos no mercado, domada ao aumento da demanda, resultou em recorde de preços em diversas regiões do país. Em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação, as cotações dos ovos nunca estiveram tão altas.

Mas o cenário é ainda mais crítico em Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo. Lá, o preço da proteína, corrigido pela inflação, é o mais alto já registrado na série histórica, superando os valores observados em outros períodos de alta demanda, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)

A explicação para essa disparada de preços está na lei da oferta e da procura. Com menos ovos disponíveis no mercado e um aumento na compra, os preços sobem naturalmente. A situação é agravada pela proximidade da Quaresma, período em que o consumo de ovos tradicionalmente aumenta, exercendo ainda mais pressão sobre a demanda.

Além disso, a subida de preço de outras proteínas também impacta diretamente no mercado. “Além do aumento da demanda e a diminuição da oferta, a alta ocorreu em virtude do aumento no preço das proteínas animal, principalmente carne bovina. Com isso, houve uma migração do consumo para os ovos”. A avaliação é do superintendente da Conab no Espírito Santo, Leilson Novaes Arruda, que afirmou, ainda, que o custo da produção subiu, o que impacta diretamente no preço dos ovos.

Preços dos ovos e exportação

Os embarques de ovos, tanto in natura quanto processados, voltaram a crescer em janeiro, o melhor desempenho desde junho de 2023, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Apesar do bom desempenho nas exportações, a maior parte da produção brasileira de ovos (mais de 99%) é destinada ao consumo interno. Ou seja, o mercado externo, apesar de aquecido, tem um impacto relativamente pequeno sobre a formação dos preços no Brasil.

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