Casagrande fala sobre ameaça de tarifaço de Trump a produtos do Brasil
Trump classificou o Brasil como um “tremendo criador de tarifas” em um discurso feito no final de janeiro durante um encontro com Republicanos na Flórida.

Em meio a uma crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o vice-governador, Ricardo Ferraço, expressaram, nesta segunda-feira (3), suas preocupações com as recentes políticas do presidente Donald Trump, novamente no comando da Casa Branca.
“As medidas do Trump têm preocupado o mundo todo, não apenas a nós, do Brasil. Naturalmente, o governo brasileiro está atuando e já ouvi que, se houver taxação aqui, lá também terá. Será um tratamento similar. Os Estados Unidos sabem que as medidas terão reflexo para eles, para a população americana. Esperamos que o equilíbrio e a racionalidade possam estar presentes no governo Trump.”
Equilíbrio nas relações comerciais bilaterais
Casagrande destacou que o governo brasileiro está preparado para responder de maneira recíproca a qualquer medida protecionista que os EUA possam adotar, enfatizando a necessidade de um equilíbrio nas relações comerciais bilaterais.
Trump classificou o Brasil como um “tremendo criador de tarifas” em um discurso feito no final de janeiro durante um encontro com Republicanos na Flórida. O presidente norte-americano já impôs tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México e de 10% sobre mercadorias da China. Além disso, ameaçou com aumento de taxas a Colômbia e mencionou a possibilidade de novas tarifas para a União Europeia.
Implicações diretas para a economia capixaba
O vice-governador Ricardo Ferraço abordou as implicações diretas para a economia capixaba: “Essa onda é preocupante porque são artifícios que subtraem competitividade da nossa economia. Nós temos alguns produtos fabricados no Espírito Santo em que o Estado é líder em exportações, caso do café, tanto arábica quanto conilon. Temos também rochas ornamentais, pois grande parte delas vão para o mercado americano, assim como placas de aço e celulose. Estamos observando com muita atenção e preocupação esses anúncios que estão por vir”, explicou.
Ferraço ressaltou que setores estratégicos do Espírito Santo, como a produção de café, rochas ornamentais, placas de aço e celulose, poderiam ser diretamente afetados por novas tarifas ou políticas comerciais protecionistas dos Estados Unidos, o que poderia impactar a economia local.
As políticas tarifárias têm sido parte de uma estratégia mais ampla de Trump para renegociar acordos comerciais e proteger a indústria americana, embora estejam gerando preocupações sobre uma possível guerra comercial global.
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