Política Regional

Prefeito de Cariacica corta verba de escola de samba e gera polêmica

A discussão se acirrou após o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), anunciar, por meio de nota, que não repassará mais recursos financeiros à escola de samba.

Por Redação

3 mins de leitura

em 26 de fev de 2025, às 13h15

Foto: Divulgação | MST - ES
Foto: Divulgação | MST - ES

O desfile da Escola de Samba Independentes de Boa Vista, de Cariacica, continua repercutindo no Plenário da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Durante a sessão desta terça-feira (25), os deputados Lucas Polese (PL) e Camila Valadão (Psol) divergiram sobre o tema abordado pela agremiação, que homenageou o renomado fotógrafo Sebastião Salgado. A principal controvérsia gira em torno de uma ala que retratou a história do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O tema voltou à pauta na sessão desta quarta-feira (26), intensificando o debate entre os parlamentares.

Prefeito corta verba

A discussão se acirrou após o prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), anunciar, por meio de nota, que não repassará mais recursos financeiros à escola de samba. A decisão gerou reações opostas dentro da Ales. A deputada Iriny Lopes (PT) saiu em defesa da agremiação, classificando a atitude do prefeito como inadequada.

“Deixo minha solidariedade à Escola de Samba Independentes de Boa Vista, que foi vítima de uma nota descabida. Quem conhece os quesitos para participar de um desfile sabe que a história e o tema do enredo não podem ser ignorados por razões ideológicas, políticas ou religiosas. Sebastião Salgado percorreu o mundo com a Exposição Terra, que retrata o MST, e essa é uma parte fundamental de sua obra”, afirmou a deputada.

Por outro lado, Lucas Polese reiterou as críticas ao enredo e defendeu a postura do prefeito.

“Parabenizo o prefeito Euclério pela nota honrada. Ele foi eleito com 88% dos votos porque sabe ouvir a população. A Exposição Terra ocorreu no mesmo contexto em que Zé Rainha [ex-líder do MST] cometeu crimes graves aqui no Espírito Santo. Não podemos aceitar que dinheiro público financie apoio ou apologia a um movimento que invade e expropria propriedades privadas”, declarou o parlamentar.

Polarização

Outros deputados também se posicionaram. Denninho Silva (União) criticou o MST, classificando-o como “uma afronta aos trabalhadores rurais”. Capitão Assumção (PL) argumentou que “dinheiro público deve ser usado para valorizar a cultura local, e não para promover facções criminosas”. Callegari (PL) também se manifestou, afirmando que “uma escola de samba que recebe verba pública não deve fazer apologia a um movimento que invade terras e promove destruição no campo”.

A polêmica continua repercutindo dentro e fora da Ales, refletindo a polarização em torno do MST e do financiamento público para manifestações culturais com viés político.

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