Internacional

União Europeia aprova plano de rearmamento; entenda

Enquanto a União Europeia avança em seu plano de rearmamento, a Ucrânia enfrenta uma nova onda de ataques em larga escala contra suas infraestruturas energéticas.

Por Redação

4 mins de leitura

em 07 de mar de 2025, às 09h33

Foto: Reprodução | União Europeia
Foto: Reprodução | União Europeia

Os 27 países que compõem a União Europeia aprovaram, por unanimidade, nesta quinta-feira (6), o plano da Comissão Europeia para reforçar a capacidade de defesa e rearmar o continente. A decisão foi celebrada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, que destacou a importância da medida diante do atual contexto de segurança.

Apesar do consenso em torno do rearmamento europeu, a Hungria foi o único país a vetar um novo pacote de apoio militar à Ucrânia. Os outros 26 Estados-membros concordaram em avançar com a iniciativa.

Para António Costa, o veto húngaro não compromete os esforços de ajuda à Ucrânia, já que diversos países do bloco já se comprometeram a aumentar suas contribuições financeiras e logísticas para reforçar o suporte militar a Kiev.

Bombardeio em massa atinge infraestrutura ucraniana

Enquanto a União Europeia avança em seu plano de rearmamento, a Ucrânia enfrenta uma nova onda de ataques em larga escala contra suas infraestruturas energéticas. Durante a noite de quinta-feira (6), forças russas intensificaram os bombardeios em diversas regiões do país, dias antes de uma reunião diplomática entre autoridades ucranianas e norte-americanas na Arábia Saudita.

De acordo com o ministro da Energia da Ucrânia, Guerman Galushchenko, instalações de energia e gás foram alvos de “ataques massivos com mísseis e drones”. Em publicação nas redes sociais, Galushchenko afirmou que equipes de resgate e engenheiros trabalham para restabelecer o fornecimento de energia e minimizar os impactos à população.

“A Rússia continua sua estratégia de privar os ucranianos de eletricidade e aquecimento, atacando diretamente as instalações de produção de energia e gás, com o objetivo de causar danos à população civil”, afirmou o ministro.

A empresa estatal Naftogaz confirmou que suas instalações de produção de gás natural foram atingidas, embora não tenha registrado vítimas.

Alertas e destruição em várias regiões

Durante a madrugada, alertas aéreos foram emitidos em todo o território ucraniano. De acordo com o comando da defesa aérea do país, 34 mísseis e 100 drones foram abatidos pelas forças ucranianas. Ainda assim, várias regiões registraram destruição e feridos.

Na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, cinco pessoas ficaram feridas. Entre elas, uma mulher foi resgatada com vida dos escombros, segundo o prefeito Igor Terekhov. Além de um edifício residencial e uma instalação de infraestrutura crítica, outros prédios também foram danificados.

No oeste do país, em Ternopil, mísseis atingiram uma instalação industrial estratégica. Apesar da destruição, não houve vítimas, informou o governador Iacheslav Negoda, que alertou para possíveis interrupções no fornecimento de gás.

Já na região de Odessa, no sul do país, três residências particulares e infraestruturas críticas foram atingidas, resultando em incêndios. Não há registro de feridos até o momento, segundo os serviços de emergência.

No norte, em Chernihiv, uma instalação de produção também foi danificada por um ataque russo, conforme informou o governador Viacheslav Chaus, sem detalhar a extensão dos danos.

Na região de Ivano-Frankivsk, no oeste, a defesa aérea conseguiu repelir um ataque contra instalações de infraestrutura, sem causar vítimas ou danos significativos, segundo a governadora Svitlana Onyshchuk.

Ofensiva intensificada

Os bombardeios registrados nas últimas horas acontecem após um ataque russo a um hotel em Kryvyi Rih, no centro do país, que deixou quatro mortos e mais de 30 feridos, de acordo com as autoridades locais.

Nos últimos meses, a Rússia tem ampliado seus alvos, que antes se concentravam no setor elétrico, passando a atacar também depósitos de gás e campos de produção de energia, numa tentativa de enfraquecer ainda mais a infraestrutura ucraniana e impactar diretamente a vida da população civil.

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