Espírito Santo

Novo centro vai reforçar combate a desastres no Espírito Santo

Com previsão de lançamento do edital em agosto de 2025, o CERD representa não apenas um avanço estrutural, mas também um compromisso político com a resiliência climática e a segurança da população capixaba.

Por Redação

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em 23 de maio de 2025, às 11h02

Foto: Reprodução | Governo do ES
Foto: Reprodução | Governo do ES

Em mais um passo estratégico para fortalecer a gestão de riscos e desastres no Espírito Santo, o governo estadual realizou, na última terça-feira (20), uma audiência pública para debater a construção do Centro Especializado em Resposta a Desastres (CERD), vinculado ao Corpo de Bombeiros Militar (CBMES). O evento, realizado no auditório do Centro de Inteligência de Defesa Civil (Cidec), em Vitória, reuniu representantes de órgãos públicos, especialistas e membros da sociedade civil.

A proposta integra o Programa Águas e Paisagem II, financiado com recursos do Banco Mundial, e será conduzida por meio da modalidade “design and build”, que reúne projeto e execução na mesma contratação. Segundo o coordenador da Unidade Gestora do programa, Germano Felippe Wernersbach, o modelo visa garantir mais eficiência e transparência. “A audiência cumpre a função de ouvir o mercado e a sociedade, além de promover um processo seletivo com critérios técnicos e sociais bem definidos, como inovação, inclusão e uso da mão de obra local”, explicou.

O projeto prevê a instalação do CERD em uma área de 84 mil metros quadrados, no município da Serra, doada pela Arcelor Mittal. A expectativa do governo é que o novo centro eleve o Espírito Santo a um novo patamar nacional no enfrentamento de desastres naturais e emergências climáticas. A estrutura será complementar ao atual Cidec, que já concentra ações de inteligência em defesa civil.

Comandante do futuro centro, o capitão bombeiro André Marinho de Godoy afirmou que o CERD será composto por uma equipe altamente treinada e equipada para atuar em ocorrências complexas. “Será uma estrutura de elite, com capacidade de operar em diferentes cenários e promover formação contínua da tropa”, destacou.

Presente na audiência, o tenente coronel Anderson Pimenta ressaltou que, apesar dos avanços com o Cidec, ainda faltava uma base operacional robusta para as respostas práticas às emergências. “O CERD vem justamente para suprir essa lacuna e completar o ciclo de prevenção, gestão e resposta aos desastres”, afirmou.

A subsecretária de Estado de Planejamento e Projetos, Andressa Pavão, enfatizou as vantagens da parceria com o Banco Mundial, sobretudo no que se refere à viabilidade financeira e ao suporte técnico internacional. “Trata-se de um investimento que trará impacto direto na proteção da população e na eficiência das ações governamentais em situações críticas”, avaliou.

Com previsão de lançamento do edital em agosto de 2025, o CERD representa não apenas um avanço estrutural, mas também um compromisso político com a resiliência climática e a segurança da população capixaba.

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