Brasil sai do Mapa da Fome e Lula comemora avanço social
Segundo os dados da ONU, o índice de insegurança alimentar grave e subnutrição no Brasil caiu para menos de 2,5% da população, patamar que permite a retirada do país do mapa global da fome.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou, nesta segunda-feira (28), o novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que aponta a saída do Brasil do Mapa da Fome. O documento, divulgado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), marca um avanço importante no combate à insegurança alimentar no país.
Em conversa com o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, Lula afirmou que o resultado representa um dever cumprido com a população brasileira. “Hoje dormirei com a consciência tranquila”, declarou. O presidente também classificou o momento como um dos mais importantes de seu governo: “Hoje eu sou o homem mais feliz do mundo”.
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Segundo os dados da ONU, o índice de insegurança alimentar grave e subnutrição no Brasil caiu para menos de 2,5% da população, patamar que permite a retirada do país do mapa global da fome. Para Lula, a conquista é fruto da articulação entre o governo federal e as administrações estaduais e municipais, dentro do Plano Brasil Sem Fome.
Ao relembrar que, no início de seu terceiro mandato, mais de 33 milhões de brasileiros viviam em situação de fome, o presidente reiterou que erradicar a miséria continua sendo uma missão de vida. “Agora precisamos de um pouco mais de esforço para que não tenhamos mais ninguém passando fome”, disse.
Inclusão orçamentária e combate à desigualdade
Durante a conversa com o dirigente da FAO, Lula destacou que o relatório ainda reflete dados de 2022, “um ano muito ruim”, e projetou uma melhora ainda maior nos próximos balanços. Ele defendeu a inclusão dos mais pobres nos orçamentos públicos como estratégia fundamental para enfrentar a fome e a desigualdade.
“No dia em que os governantes colocarem os pobres nos orçamentos, vamos resolver esse problema crônico da humanidade”, afirmou. Para ele, a distribuição de renda também é essencial para combater a desigualdade salarial, de gênero, de raça e no mercado de trabalho.
Crítica ao gasto com armas
Lula criticou o desequilíbrio nos investimentos globais, especialmente em defesa militar. “Não faz sentido que governos gastem US$ 2,7 trilhões por ano com armamentos, enquanto não aplicam o mesmo montante em alimentos e preservação ambiental”, disparou.
Ele também lamentou que 733 milhões de pessoas ainda enfrentem a fome no mundo, apesar da produção mundial ser suficiente para alimentar toda a população. “O problema não é a produção, é o acesso. E as pessoas não têm dinheiro suficiente para comprar comida”, completou.
Reconhecimento internacional
O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, classificou a saída do Brasil do Mapa da Fome como “uma grande conquista para o povo brasileiro”. Segundo ele, o êxito da política brasileira representa um sucesso para o mundo, sobretudo por se tratar do maior país da América Latina.
“O Brasil é um exemplo. Vocês estão mostrando que é possível vencer a fome com trabalho árduo, e ainda oferecem uma oportunidade para que outros países aprendam com a experiência de vocês”, destacou.
Dongyu também lembrou que o Brasil já havia saído do Mapa da Fome em gestões anteriores e voltou a alcançar esse patamar com políticas públicas efetivas.
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