Economia

Intenção de consumo das famílias do ES tem 2° melhor mês desde 2015

O resultado sinaliza uma trajetória consistente de recuperação da confiança e da disposição para consumir, após os expressivos impactos da pandemia sobre o poder de compra

Por Redação

3 mins de leitura

em 08 de jul de 2025, às 16h55

Foto: Pexels/Gustavo Fring
Foto: Pexels/Gustavo Fring

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) capixabas de junho alcançou o segundo maior patamar para o mês desde o início da série histórica, em 2015, com 102,3 pontos (acima de 100 é considerado satisfatório), atrás apenas de junho de 2024 (108,7). O resultado sinaliza uma trajetória consistente de recuperação da confiança e da disposição para consumir, após os expressivos impactos da pandemia sobre o poder de compra e a renda das famílias em âmbito nacional.

Além disso, o indicador de junho deste ano do Espírito Santo ficou acima das médias nacional (100,8) e do Sudeste (101,6). O dado indica que, mesmo em um contexto nacional de maior cautela no consumo, as famílias capixabas mantêm sua demanda.

As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base nos dados do ICF, disponibilizados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O levantamento apontou ainda que, nos últimos três anos, as famílias capixabas demonstram satisfação (ICF superior a 100 pontos) com seu nível de consumo e suas perspectivas profissionais.

Outro ponto do estudo que chama a atenção é que um dos subíndices que compõem o ICF, o Nível de consumo atual, atingiu, em junho, o maior registro no mês desde o início da série histórica, em 2015, quando marcou 91,8 pontos.

“Apesar de estar abaixo do nível de satisfação (100 pontos), esse resultado indica o menor grau de insatisfação registrado em junho nos últimos 10 anos, isto é, desde o início da pesquisa (ICF). Isso sinaliza que, no Espírito Santo, a percepção das famílias em relação ao consumo atual é a mais elevada para o mês ao longo da última década”, explicou o coordenador de pesquisa do Observatório do Comércio, o Connect Fecomércio-ES, André Spalenza.

Vale lembrar que, dos nove subíndices do ICF, seis estão acima de 100 pontos – com grau de satisfação do consumidor. Além disso, cinco subíndices do ICF capixaba têm indicadores maiores do que os nacionais.

“Outro dado relevante na pesquisa demonstra que, enquanto famílias de menor renda (abaixo de 10 salários mínimos, ou seja, R$ 15.180) apresentam maior sensibilidade a preços e crédito, as de maior renda preservam o consumo de bens duráveis, que são mais caros. Isso indica que ações promocionais voltadas ao público de até 10 salários mínimos devem focar em formas de pagamento e custo-benefício, enquanto o público de renda mais alta pode ser mais receptivo à diferenciação de valor”, ressaltou Spalenza.

O levantamento completo, com os dados detalhados, pode ser acessado no site https://portaldocomercio-es.com.br.

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