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Amanda Correia: 13 anos de um desaparecimento sem respostas

Nesta segunda-feira (11), completam 13 anos desde que a jovem, então com 15 anos, saiu de casa em Castelo para ir a uma festa com uma amiga e nunca mais foi vista

Alissandra Mendes Alissandra Mendes

Foto: Reprodução/Redes sociais

O desaparecimento de Amanda Correia da Silva continua sendo um dos maiores mistérios do Espírito Santo. Nesta segunda-feira (11), completam 13 anos desde que a jovem, então com 15 anos, saiu de casa em Castelo para ir a uma festa com uma amiga e nunca mais foi vista.

Ao longo do tempo, a polícia e a família receberam pistas dos mais variados tipos, mas todas foram falsas. Treze anos depois, os trotes cessaram, as investigações policiais diminuíram e o caso segue como um mistério.

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Na época do desaparecimento, a polícia disse que o paradeiro de Amanda era um dos casos mais intrigantes nos últimos tempos no Espírito Santo. Ela saiu de casa dizendo que iria com uma amiga para uma casa de shows, no bairro Bela Vila, em Castelo, onde aconteceria uma festa junina. Clientes do estabelecimento disseram para a polícia que não viram a jovem desaparecida naquele dia.

Na ocasião do desaparecimento, Amanda cursava o 1º ano do ensino médio, saiu apenas com a roupa do corpo e com o aparelho celular

Desaparecimento de Amanda Correia

Após o desaparecimento, muitas pistas sobre o paradeiro de Amanda surgiram. Uma delas apontava que a menina teria sido vista na rodoviária de Venda Nova do Imigrante na manhã de 12 de agosto de 2012.

Em outra indicação, um mês após o desaparecimento, o delegado responsável pelo caso na época, Robson Vieira, disse que a jovem enviou a duas amigas torpedos de celular. Inclusive, o envio foi na madrugada do desaparecimento, por volta das 0h40 de domingo.

Nas mensagens, a moça dizia que estava muito triste, chorando e que tinha bebido. As amigas não souberam dizer onde a menina estava.

Aliás, uma última pista levou a polícia a acreditar que haviam visto Amanda na Suíça. No entanto, na época a polícia afirmou que era mera especulação.

Além disso, o alto número de trotes também atrapalhou as investigações. Contudo, agora, 13 anos depois, são raros os trotes e poucas as informações passadas sobre o desaparecimento.

Repercussão

O caso de Amanda ganhou repercussão nacional. Isso porque amigos mobilizaram uma campanha de busca na internet e organizaram uma passeata pelas ruas da cidade.

A região inteira se uniu em torno do caso. Cartazes nas ruas, na internet, vídeos, compartilhamento das fotos nas redes sociais. Aliás, a comunidade fez muito, mas não obteve resultado.

No entanto, uma página no Facebook chamada Desaparecida Amanda Correia, dedica-se a replicar outros casos de desaparecimento no Espírito Santo e no Brasil.  

Amanda completa 28 anos em novembro deste ano.

O que diz a Polícia Civil?

Por meio de nota, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Castelo, informa que, desde a ocorrência do fato, todos os esforços possíveis foram empreendidos para a apuração do caso. Algumas suspeitas chegaram a ser levantadas, porém não foram confirmadas.

As investigações seguem em andamento e, caso surjam novas informações relevantes, elas serão devidamente acrescentadas ao inquérito para o devido prosseguimento das apurações.

A Polícia Civil destaca que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas.

Desaparecidos no Brasil

Amanda faz parte de uma triste estatística. A cada ano, no Brasil, 41.483 mil pessoas desaparecem, uma média de 229 por dia. O Ministério da Justiça e Segurança Pública estima que deste total, 29.111 mil sejam menores de idade. Desse total, 1.163 desapareceram no Espírito Santo.

Portanto, as estatísticas apontam que as autoridades solucionam cerca de 70% dos desaparecimentos. Outros continuam no banco de dados por porque a família não deu baixa na queixa. Sendo assim, há 5% dos casos que fogem da explicação. Simplesmente não se encontra a vítima.

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Alissandra Mendes
Alissandra Mendes

Com mais de 23 anos de experiência na área, e passagens por diversos veículos de comunicação do Estado, atua no portal AQUINOTICIAS.COM desde 2021, e está em sua segunda passagem pelo veículo, somando mais de 11 anos de empresa. Formada em História e pós-graduada em Jornalismo Político, atuou também em assessoria de imprensa por mais de 15 anos, além de passagem por emissoras de rádio, TV e revistas em Cachoeiro de Itapemirim.