
Um homem acusado de comandar o assassinato do vereador Marcos Augusto Costalonga, em 2021, permanece foragido, segundo as investigações. De acordo com a Polícia Civil, Gilbert Wagner Antunes Lopes, conhecido como “Waguinho Batman”, foi indiciado no inquérito que resultou na prisão de outras cinco pessoas em junho de 2024; no entanto, ele continua com paradeiro desconhecido.
“Waguinho Batman” é investigado por envolvimento com a milícia e teve o nome incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), permitindo que qualquer força de segurança do país cumpra a ordem de prisão. Mesmo assim, o acusado segue solto.
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Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (SIAE) foi acionada para dar continuidade às buscas e diligências, podendo até instituir uma força-tarefa específica, se necessário.
O secretário estadual de Segurança Pública, Leonardo Damasceno, classificou Waguinho como “alvo prioritário” da Polícia Civil e confirmou que foi solicitado apoio da Polícia Federal para localizá-lo.
Motivação
A motivação do crime, conforme apuração do delegado Thiago Viana, que era titular da Delegacia de Presidente Kennedy na época, está relacionada a uma dívida. Segundo ele, antes de assumir o cargo de vereador, Marcos Costalonga teria vendido mourões a Lopes, que se recusou a pagar. Após insistentes cobranças e ameaças de que levaria o caso à Prefeitura, o vereador foi assassinado.
Ameaças e tentativas de intimidação
Contudo, mesmo sendo procurado, Waguinho não se mantém em silêncio. No início de 2025, participou por videoconferência de uma audiência relacionada ao processo e tem mantido contato com pessoas no Espírito Santo, inclusive com autoridades.
O procurador municipal de Presidente Kennedy, Rodrigo Lisboa, denunciou ter sido ameaçado pelo foragido. Por medida de segurança, passou a circular com escolta armada e solicitou proteção ao Ministério da Justiça.
Em um dos áudios enviados, o investigado diz: “Eu sei aonde você foi, sei o que está fazendo. Por isso mando esse áudio, porque fica registrado.” Em outro trecho, acrescenta: “Leve pra NASA se quiser, mas eu não faço nada pelas costas. Tudo tem a minha cara.”
Assim, o caso foi enviado ao Ministério da Justiça em novembro de 2024. Segundo a pasta, o ofício foi analisado pela Ouvidoria-Geral. Entretanto, a Polícia Federal afirmou que não comentará o caso.
Enquanto a prisão não é cumprida, o clima de insegurança persiste. “Não vejo a hora desse miliciano ser preso e minha vida voltar ao normal”, desabafou o procurador Rodrigo Lisboa.
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