
Um homem, de 52 anos, foi preso pela Polícia Civil de Boa Esperança, na última quarta-feira (13), acusado de assassinar a ex-companheira de 58 anos. Inicialmente a morte foi registrada como acidente de trânsito; no entanto, o caso foi reclassificado como feminicídio.
De acordo com a PC, o caso teve início na madrugada do dia 18 de julho, quando a vítima foi encontrada caída e ferida na Rodovia ES-315, zona rural de Boa Esperança. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas não resistiu e morreu no Hospital Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus.
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Inicialmente, a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) registrou a ocorrência como possível atropelamento. Entretanto, a investigação da PCES descartou a hipótese de acidente após a equipe do SAMU e o laudo cadavérico indicarem que a morte foi causada por traumatismo cranioencefálico decorrente de espancamento, e não por queda de motocicleta. A perícia técnica também não encontrou sinais no local que indicassem acidente.
As apurações revelaram que a vítima estava na garupa da motocicleta do ex-companheiro, que se afastou após o crime e chegou a uma praça com as mãos sujas de sangue, dizendo a uma testemunha que a vítima havia caído e que ele não retornaria ao local para não ser preso, pois tinha “pendências com a Justiça”.
No dia 19 de julho, o suspeito foi detido pela PM por conduzir um veículo com placa adulterada. Na ocasião, apresentou nome falso. Durante as investigações, a Polícia Civil, com apoio da Divisão de Inteligência da Polícia Penal do Espírito Santo (PPES) e de policiais de outros Estados, identificou sua verdadeira identidade. Ao ser confrontado, confessou o nome real e admitiu ser foragido do sistema prisional de Cuiabá, no Mato Grosso, com mandado de prisão em aberto expedido pela 2ª Vara Criminal local, pelos crimes de homicídio e roubo.
O delegado Felipe Augusto Cavalcanti Mariano, titular da DP de Boa Esperança, informou que o homem foi indiciado e responderá por feminicídio, adulteração de sinal identificador de veículo e falsidade ideológica, pois, durante a audiência de custódia, assinou documentos oficiais com o nome falso, ocultando sua verdadeira identidade e a existência de mandado de prisão contra ele.
“Diante da hediondez e da abjeção do crime de feminicídio, reafirmo, em nome da Polícia Civil do Espírito Santo, nosso inabalável compromisso no combate a essa atrocidade. Que este caso sirva de alerta: o Espírito Santo não é solo para a impunidade. Foragidos da Justiça de qualquer parte do país que busquem refúgio em terras capixabas serão alcançados por nossa diligência e pelo rigor da lei”, destacou o delegado Mariano.
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