A Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim aprovou a criação de uma Comissão Especial para investigar práticas relacionadas à comercialização de combustíveis no município. A proposta foi apresentada pelo vereador Marcelinho Fávero e recebeu apoio dos demais parlamentares.

Segundo o parlamentar, a comissão será um instrumento para dar voz à população diante das constantes reclamações sobre os valores praticados nos postos. “Embora não sejamos os fiscalizadores primários, representamos os cidadãos que sentem no bolso a discrepância nos preços”, afirmou.

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A comissão será formada pelos seguintes vereadores: Presidente, Marcelinho Fávero; suplente, Delandi Macedo; Relator, Alexandre de Itaoca, suplente, Ramon Silveira; Membro, Sandro Irmão, suplente, Thiago Neves; Membro, Vandinho da Padaria, suplente, João Machado; Membro, Léo Cabela, suplente, Marcos Coelho; Membro, Vitor Azevedo, suplente, Lucas Mello.

Discrepâncias nos preços

Em plenário, o vereador apresentou comparativos entre cidades da região. Em maio deste ano, por exemplo, a gasolina era vendida a:

• R$ 6,14 em Vargem Alta
• R$ 6,60 em Cachoeiro de Itapemirim
• R$ 5,94 em Venda Nova do Imigrante

Ele também destacou que, em junho de 2024, a Petrobras anunciou uma redução de 5,6% no preço da gasolina. Enquanto o Procon estadual fiscalizou o repasse desse desconto na Grande Vitória, não houve a mesma atuação em Cachoeiro.

Como resultado, a gasolina na capital chegou a R$ 5,89, enquanto em Cachoeiro o preço subiu para R$ 6,94. Para o vereador, a diferença é “estranha” e prejudica os consumidores locais.

Comissão aberta e participativa

O projeto prevê que todos os vereadores interessados possam integrar a comissão, sem número fixo de membros. Além disso, a ideia é incluir entidades consultivas, como a OAB, o Ministério Público e representantes da sociedade civil organizada.

Para o vereador, o trabalho conjunto dará mais força ao pleito da população. “A função dessa comissão é trabalhar em grupo, criar ideias e provocar os órgãos que são os fiscalizadores primários — como o Procon e a Agência Nacional do Petróleo”, explicou.

Crítica e compromisso

De forma crítica, Marcelinho Fávero comparou a rapidez no aumento dos preços com a lentidão na redução: “Para subir é um jato; para descer, é um jabuti virado de ré”. O parlamentar concluiu elogiando a aprovação do projeto e reforçando que a Câmara deve ser um canal de defesa dos consumidores.