
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Seleta, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias e digitais contra a Caixa Econômica Federal. A ação cumpre nove mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva em cinco estados: Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Goiás.
Segundo a PF, o grupo utilizava um esquema estruturado que envolvia o uso indevido de dados de terceiros para compras on-line e pagamentos via links e maquinetas, além de alterações em credenciais bancárias para realizar saques e movimentações em contas sociais digitais. Parte dos valores obtidos era lavada por meio de empresas e contas de passagem criadas para ocultar a origem do dinheiro.

Durante a operação, também foi determinada a suspensão do exercício da função pública de um funcionário da Caixa, além do bloqueio de bens e valores até o limite de R$ 5,5 milhões. Um imóvel em Meaípe, Guarapari, foi bloqueado por meio do Cadastro Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNIB).
A investigação revelou que o principal suspeito, preso em Guarapari, movimentou cerca de R$ 5,6 milhões em 28 meses, em contas próprias e de sua companheira. A partir dele, foram identificados outros oito integrantes do grupo, incluindo pessoas responsáveis por fornecer dados e informações bancárias das vítimas.
Na ação de hoje, a Polícia Federal apreendeu dois veículos, celulares e um notebook, que serão analisados pelo setor técnico-científico da corporação. Até o momento, quatro pessoas foram presas e uma permanece foragida.
As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e calcular o total de prejuízos causados. Os suspeitos poderão responder por estelionato majorado, uso de documento falso, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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