Operação no RJ: polícia retira nome de traficante capixaba da lista de mortos

A Polícia Civil do Rio de Janeiro retirou quatro nomes, entre eles, o de um capixaba, da lista inicial de suspeitos mortos na megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha. A correção foi divulgada na última segunda-feira (3).

Os nomes excluídos da relação final foram Alexsandro Bessa dos Santos, Alisson Lemos Rocha, Claudinei Santos Fernandes e Michael Douglas Rodrigues Fernandes. Eles constavam na primeira lista de corpos identificados, mas não aparecem na atualização confirmada pela corporação.

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Apontado como chefe do tráfico de drogas na Serra, Alisson Lemos Rocha, conhecido como “Russo” ou “Gordinho do Valão”, é investigado pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município por envolvimento em um homicídio ocorrido em abril deste ano. Segundo o delegado Pedro Henrique, da DHPP, ele seria uma das principais lideranças criminosas nos bairros Barro Branco e Parque Residencial Mestre Álvaro. Além de possuir conexões também em Nova Carapina. O policial descreve o investigado como “extremamente perigoso”.

Protocolo Rigoroso

A Polícia Civil informou que o processo de identificação dos corpos segue um protocolo rigoroso em duas etapas: confronto facial e confirmação por perícia papiloscópica. Apenas após essa validação técnica é feita a confirmação oficial. A corporação, no entanto, não esclareceu os motivos da exclusão dos quatro nomes nem confirmou se eles tinham ligação com a operação.

De acordo com o Governo do Rio, o processo de identificação foi concluído no domingo (2). Entre os 119 mortos, 117 foram identificados, sendo que 95% tinham relação comprovada com o Comando Vermelho, conforme a polícia. Dois laudos permanecem inconclusivos.

Contudo, a lista também revelou que 62 dos mortos eram de outros estados, incluindo três do Espírito Santo, além de nomes do Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Distrito Federal.

Assim, a Defensoria Pública do Rio informou que os corpos de 117 pessoas foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) no último domingo, após os procedimentos de perícia.