Escritor cachoeirense é eleito membro do Instituto Histórico do ES
Romulo Felippe tomará posse nos 107 anos de uma das mais antigas instituições do Estado
O escritor cachoeirense Romulo Felippe, com diversos livros lançados dentro e fora do Brasil, é o mais novo membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES). A instituição, que completa 107 de fundação no próximo dia 12 de junho, é a mais antiga do Espírito Santo, dedicada aos estudos da história e da geografia brasileira e capixaba.
“Pela importância do instituto para a preservação da nossa história, somada aos intelectuais que aqui estão e que por aqui passaram nesse mais de um século de vida, essa é sem dúvidas uma das maiores honrarias da minha vida”, afirma Romulo, ‘imortal’ que ocupa a cadeira número 9 da também centenária Academia Espírito-santense de Letras (AEL).
O Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo foi fundado em junho de 1916, tendo como primeiro presidente Antônio Francisco Ataíde, reunindo-se provisoriamente em uma das salas da Assembleia Legislativa. A data, 12 de junho, é uma homenagem ao capixaba Domingos José Martins, seu patrono, fuzilado nesse dia durante a Revolução de 1817, na Bahia.
“É meritória e justa a escolha do Romulo Felippe para a nossa ‘Casa do Espírito Santo’, como é conhecido o IHGES por se tratar da instituição mais antiga do Estado”, afirma o presidente Getúlio Neves. “Para atingir os seus objetivos, o Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo mantém arquivo, biblioteca e museu especializados em assuntos capixabas”.
Instalado em sede própria desde 1925, em prédio doado pelo Poder Público estadual no centro de Vitória – vizinho do Parque Moscoso -, o IHGES coleciona em suas fileiras nomes conhecidos da história de Cachoeiro, terra natal de Romulo Felippe: dentre eles o artista plástico Levino Fanzeres, nascido em 1884 no Rio mas radicado cachoeirense; o jornalista Mário Corte Imperial, nascido em 1883; o político Bernardino Monteiro, que nasceu em 1864; e escritores como Evandro Moreira, Manoel Gonçalves Maciel, João Baptista Herkenhoff, Athayr Cagnin e Isabel Lacerda Salviano.
Idealizado por Carlos Xavier Paes Barreto, Archimino Martins de Mattos e Antonio Francisco Athayde, o Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo foi fundado há mais de um século visando ao levantamento e conservação da memória e das tradições do Estado do Espírito Santo. Para tanto, propôs-se inicialmente a coletar e conservar documentos e outros registros de interesse, desde logo divulgados por meio de sua revista, cujo primeiro número é de 1917.
Entre seus associados contaram-se ao longo dos anos alguns dos vultos mais representativos da cultura no Espírito Santo, a exemplo de Afonso Cláudio, Carlos Xavier Paes Barreto, Almeida Cousin, Augusto Lins, Eurípides Queiroz do Valle, Guilherme Santos Neves, Hermógenes Lima Fonseca, Elmo Elton, Renato José Costa Pacheco, Miguel Depps Tallon e Augusto Rush.
O Instituto também desempenha um papel na interiorização do órgão, incentivando a criação de núcleos em municípios do Estado, já abrangendo Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Iconha, Mimoso do Sul, Santa Teresa, Santa Leopoldina, Nova Venécia, Linhares, Iúna, Guarapari, Alegre, Alfredo Chaves, Colatina, Santa Maria de Jetibá e Vila Velha.
A posse do escritor e jornalista Romulo Felippe ocorrerá, junto de outros associados, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (Avenida República, 374, Centro, Vitória) no dia 12 de junho, a partir das 19 horas. O evento é aberto ao público.
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