Na manhã desta quarta-feira (12), a Polícia Federal no Espírito Santo, através da Delegacia de Repressão a Drogas – DRE/DRPJ/SR/PF/ES, deflagrou a “Operação Black Lança”, com objetivo de combater o tráfico local de drogas, em especial de substâncias sintéticas entorpecentes. Um policial militar do Estado foi preso por suspeita de apreender e revender drogas.
De acordo com a PF, o inquérito policial foi instaurado para investigar estrutura criminosa destinada ao tráfico de drogas local no estado do Espírito Santo, notadamente, no município de Vila Velha, sendo identificados diversos fornecedores de drogas sintéticas, geralmente utilizadas em festas eletrônicas.
Ainda, segundo a PF, apurou-se que os investigados comercializavam diversos tipos de entorpecentes como Cocaína, Maconha, Skank e Haxixe, no entanto, o foco do grupo criminoso estava na venda de drogas sintéticas como Ecstasy, MDMA, “Black Lança” (Diclorometano) e “GHB” (Ácido Gama-Hidroxibutirato), tendo como público-alvo frequentadores de festas “RAVE” da região da Grande Vitória e Guarapari.
A ação é um desdobramento investigativo da “Operação Catar”, deflagrada pela PF em outubro de 2022, onde apurou-se a atuação de grupo organizado que atuava com tráfico internacional de entorpecentes por meio do recrutamento de jovens para transportarem drogas sintéticas para países europeus, em especial após a prisão de dois capixabas, em 2020, no Aeroporto de Doha/Catar, por estarem transportando substância entorpecente em suas bagagens.
Agora, a Polícia Federal está na busca dos fornecedores que ainda seguem atuando na região, e são apontados como principais traficantes no abastecimento de drogas sintéticas em shows e festas de música eletrônica na Grande Vitória.
Polícia Federal cumpre 11 mandados de prisão
Na ação desta quarta-feira (12), mais de 50 policiais federais cumprem 10 (dez) Mandados de Prisão Temporária e 11 (onze) Mandados de Busca e Apreensão em endereços dos investigados, nos municípios de Vila Velha, Colatina e Cariacica, e onde acreditam que se encontram escondidos os entorpecentes dos traficantes.
Um dos alvos é um policial militar suspeito de apreender e revender drogas. No momento da abordagem ele não ofereceu resistência e foi preso pelos policiais federais.
A deflagração policial conta ainda com o apoio da Secretaria da Justiça (Sejus), com equipes táticas de execução e custódia.
Os investigados responderão pelos crimes de Tráfico de Drogas (Art. 33 da Lei 11.343/2006) e Associação para o Tráfico (Art. 35 da Lei 11.343/2006), podendo ser condenado em até 25 anos de cadeia.
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