Com um faturamento anual de R$ 11,5 bilhões, as cooperativas capixabas desempenham um papel relevante na economia capixaba. Para apresentar os números do Anuário do Cooperativismo Capixaba de 2023, o colegiado que trata do tema recebeu, nesta terça-feira (6), o assessor jurídico do Sistema OCB-ES, Eduardo Campana. “Nós queremos chegar até 2027 com o valor de R$ 18,8 bilhões em faturamento”, afirmou o convidado.
Os dados, que são relativos ao ano de 2022, dão conta de que o Espírito Santo possui 115 cooperativas e aproximadamente 750 mil cooperados. Com uma participação de 6,4% no Produto Interno Bruto (PIB) nominal capixaba, foram recolhidos R$ 589 milhões em impostos e taxas naquele ano. “Cerca de cinco a cada dez pessoas estão de alguma forma conectadas ao cooperativismo no Espírito Santo, o número é equivalente a 1,8 milhão de pessoas”, explicou.
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Entre as principais áreas de atuação do setor estão agropecuária, consumo, crédito, infraestrutura, produção de bens e serviços, transporte e saúde. O agro foi o setor que mais movimentou dinheiro dentro do cooperativismo em 2022, com um giro de R$ 4,3 bilhões. Em segundo lugar vem o setor de crédito, com R$ 3,9 bilhões, seguido da saúde com R$ 2,7 bilhões.
Campana destacou também a importância da parceria do Sebrae-ES com as cooperativas do estado. O convidado lembrou que o diretor-executivo do Sistema OCB-ES, Carlos André Santos de Oliveira, é também vice-presidente do Sebrae-ES. “Isso favorece muito o cooperativismo no Espírito Santo. Entre os anos de 2014 e 2022 foram somados mais de R$ 58,6 milhões de investimentos em parcerias com o Sebrae. Só em 2022 foram R$ 11,6 milhões e esse número só cresce”, avaliou.
A reunião foi conduzida pelo presidente da Comissão de Cooperativismo, deputado Allan Ferreira (Podemos). O parlamentar frisou a relevância da parceria da OCB-ES com o colegiado. “Uma parceria firmada com o interesse comum de proporcionar um cooperativismo forte no Espírito Santo, nos auxiliando a ter um contato direto com as cooperativas, com o objetivo de atender as suas necessidades e elaborar políticas públicas que fomentem a atividade”, pontuou.
Mulheres no cooperativismo
Já a deputada Iriny Lopes (PT) chamou a atenção para a participação das mulheres no universo cooperativista. “Seria importante que essa comissão pudesse fazer uma atividade onde nós pudéssemos discutir mais profundamente as experiências feitas pelas mulheres capixabas na atividade cooperativista. Nós somos a maioria da população e na economia nós já passamos um pouco dos 50%, embora isso não seja reconhecido”, disse a petista.
“Nós temos cada dia mais experiências com as mulheres que começaram determinadas atividades como uma complementação de renda e hoje têm como atividade central para seus núcleos familiares, para as comunidades e em alguns casos até para a região onde vivem”, concluiu.
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