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Cidades

ES lança Mapeamento das áreas afetadas por inundação em Mimoso do Sul

A metodologia aplicada para a identificação das áreas afetadas por inundação em Mimoso do Sul apontou que, na sede do município, foram atingidos 3.989 imóveis

Por Redação

4 mins de leitura

em 13 de abr de 2024, às 10h19

Foto: Reprodução/Instituto Jones dos Santos Neves
Foto: Reprodução/Instituto Jones dos Santos Neves

O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), juntamente com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES), com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC) e com o Núcleo de Operações e Transportes Aéreo (NOTAER), divulgou, na última quinta-feira (11), o Mapeamento das áreas afetadas por inundação no município de Mimoso do Sul.

A metodologia aplicada para a identificação das áreas afetadas por inundação em Mimoso do Sul apontou que, na sede do município, foram atingidos 3.989 imóveis. Um total de 2.996 casas, 12 escolas, 29 estabelecimentos de saúde, 806 comércios e 29 igrejas. Outros distritos atingidos foram Ponte de Itabapoana, Santo Antônio do Muqui e Conceição do Muqui.

O coordenador Estadual Adjunto da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Benício Ferrari, destacou a importância do mapeamento não só para este evento climático, mas para a preparação dos órgãos de mitigação e resposta para futuros eventos.

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“Será possível fazer previsões muito apuradas com este modelo. Por exemplo, sabendo que um rio costumeiramente atinge uma cota de 6 metros, eu posso gerar um modelo com essa cota e, a partir dessa metodologia, consigo estimar com muita precisão onde vai chegar a inundação e, partir disso, saber quais regiões do município posso ocupar. Nesse sentido, a prevenção de desastres vai ser muito precisa. Os desastres climáticos têm sido mais frequentes e em intensidade cada vez maior. Dispor de tecnologia como está nos ajuda muito na preparação para os eventos climáticos e na organização da capacidade de resposta”, destacou o tenente-coronel Benício Ferrari.

O estudo é uma proposta inovadora, desenvolvido de forma conjunta entre o IJSN, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e NOTAER, e, para além da identificação das áreas afetadas, também contribuiu para a validação da metodologia utilizada, que agora pode ser aplicada de forma preventiva, como explica o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira:

“Antes desse modelo, a gente tinha o mapeamento das áreas de riscos, nacionais e estaduais. Agora com essa tecnologia aplicada, com ferramentas de geotecnologias, utilização de drones, modelos matemáticos e a validação dessa metodologia, a gente consegue chegar a um nível de detalhes, capturando as especificidades da região, o que possibilita replicar esse modelo, para fazer o mapeamento das áreas de risco de outros municípios”, salientou Pablo Lira.

Para a aplicação da metodologia, foram realizados voos de drones em um trabalho de campo, cinco dias após o desastre. Foram dois dias em campo para a captura de cerca de 1.200 imagens de altíssima resolução. Para o diretor setorial do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Jabor, a captura dessas imagens foi fundamental para o desenvolvimento do mapeamento.

“Nós fizemos um trabalho integrado, capturando imagens históricas que retratam esse momento e que foram fundamentais para fazer um mapeamento bem detalhado da sede de Mimoso do Sul. Esse dado foi bastante importante para que a gente pudesse ver o tamanho da tragédia e fazer a comparação com o modelo, para que assim possibilitasse ser replicado em outras localidades”, detalhou Pablo Jabor.

A partir deste trabalho, as equipes da Defesa Civil e do Instituto Jones traçaram a área de inundação na sede de Mimoso do Sul. Com essa área determinada, as equipes utilizaram um dado disponibilizado pela primeira vez no Censo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra a localização de todos os domicílios que passaram pelo Censo e assim puderam quantificar os imóveis que estavam dentro da área afetada pela inundação.

Fonte: Instituto Jones dos Santos Neves

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