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Grande Vitória

Casaca reúne formação histórica do grupo para apresentação em Vitória

Esse grande reencontro sobe ao palco com o show intitulado “No Tambor, Na Casaca e Na Guitarra – Casaca 25 anos”

Por Redação

4 mins de leitura

em 30 de abr de 2024, às 10h04

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O improvável vai acontecer no Espírito Santo e, certamente, vai mexer com as emoções de quem viveu e vive a música capixaba. É isso mesmo. Após pedido de uma fã, Anastácia Nascimento, o Casaca vai reunir sua formação histórica, a primeira, e tocar na despedida do Ilha Shows, em Vitória, no dia 15 de junho.

Fazem parte da apresentação e do grupo daquele momento Renato Casanova (voz), Flavinho (tambor de repique), Jura Fernandes (guitarra), Márcio Xavier (baixo e voz), Piriquito (caixa e casaca), Vinícius Gáudio (tambor de repique e casaca), Jean (tambor de condução), Thiago Grilo (caixa e tambor de repique) e Augusto Galvêas (teclado).

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Esse grande reencontro sobe ao palco com o show intitulado “No Tambor, Na Casaca e Na Guitarra – Casaca 25 anos”. Se trata de uma referência ao nome do primeiro álbum da banda que a apresentou a todo Brasil e vendeu mais de 55 mil cópias. Hoje o Casaca continua firme em sua trajetória e com uma banda consolidada – dos músicos mais antigos, apenas Renato Casanova e Flavinho continuam. Dessa forma, o show é um presente da atual banda para a história e para todos os fãs.

Havia uma única forma de reunir todos esses integrantes novamente, após muito sucesso, parcerias e, também, desencontros: um pedido especial e emocionado. Foi o que fez Anastácia. Ela ligou individualmente para cada integrante e contou a ideia que teve em um sonho.

Casaca terá formação histórica

“Lá pelo dia 20 de março, eu sonhei com a ideia de poder reencontrar meus grandes amigos, que fizeram parte, com a música, da minha infância e da minha juventude”, inicia emocionada Anastácia, que desde criança saía de Coqueiral de Aracruz com a mãe para assistir aos shows do Casaca onde quer que fosse.

Ela continua: “Eu tinha de fazer essa proposta aos meninos, ainda mais depois das mortes do Farinha (Fernando Valadares, ex-Manimal) e do Alexandre (Lima, que fez história no Manimal e tocou por um ano no Casaca). Liguei para todos eles, um por um, no meio da noite, e fiz a proposta de, apenas por uma única vez, eles toparem esse reencontro e tocarem na despedida do Ilha. Eles toparam! Será um momento desafiador, emocionante e que vai brilhar os olhos e os sonhos de muitas pessoas”, comemora Anastácia.

Hoje, a fã do Casaca mora nos Estados Unidos, na Flórida, onde se destaca como empresária A fã, agora, é a grande empresária deste grande evento também e vem ao ES em junho especialmente para produzir o show.

No Tambor, na Casaca e na Guitarra

O Casaca surgiu em 1999, com a ideia, do artista plástico Cleber Galvêas, de mesclar a música pop e o congo, ritmo tradicional do Espírito Santo. O primeiro disco veio em 2000 (“No Tambor, na Casaca e na Guitarra”) e foi arrasador.

Os tambores, num momento ainda sem bateria no grupo, pulsavam, e a banda emplacou hits daqueles impossíveis de não dar certo: Anjo Samile, Da Da Da, Sabrina, Sereia, Ondas do Barrão, Garças de Jacarenema, Leva um Picolé, Barra, Camarada. Isto é, praticamente um disco inteiro de hit, de modo que todas essas músicas tocaram na rádio. Sereia, para se ter ideia, chegou a ser a mais tocada da Litoral, à frente de uma canção de Ivete Sangalo.

O som do Casaca rodava o Espírito Santo, era ouvido nas casas, escolas e até nos carros em praias que hoje tocam o batidão. Os números oficiais do álbum “No Tambor, na Casaca e Na Guitarra” apontam a venda de 55 mil cópias, mas estima-se que foram mais de 100 mil na soma com a pirataria.

Com a repercussão, a banda assinou com uma das maiores gravadoras do mundo, a Sony Music, e revelou seu homônimo segundo disco em 2002. A produção foi do lendário guitarrista Paulo Rafael (1955-2021), pernambucano responsável, entre outras façanhas, por moldar o som de Alceu Valença.

No auge, a banda fez shows históricos por todo país, especialmente nos Espírito Santo, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e na Bahia. Foram muitas apresentações históricas em Vitória, Belo Horizonte, Viçosa (MG), Ouro Preto (MG), Rio, Porto Seguro e mais.

Em 10 de janeiro de 2004, história famosa em terras capixabas, o Casaca tocou em Marte. A sonda Spirit aterrissou no planeta para uma missão espacial e, após o primeiro dia no nosso vizinho, o robô foi acordado pela canção Da Da Da, de Renato Casanova.

No mesmo ano, o Casaca lançou seu terceiro disco, “Na Estrada”, última parceria de estúdio da histórica formação que se apresenta 20 anos depois no Ilha Shows.

Serviço

  • Casaca reúne formação histórica e se apresenta na despedida do Ilha Shows + Pele Morena + Faraó e Funk Retrô
  • Quando: 15 de junho
  • Local: Ilha Shows – Vitória

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