Saúde e Bem-estar

Doença que afeta animais e humanos deixa cidade do Sul do ES em alerta

Um veterinário e um representante da Vigilância Sanitária explicaram como os moradores devem se comportar para evitar a contaminação.

Por Flavio Cirilo

3 mins de leitura

em 19 de jun de 2024, às 14h55

Foto: Reprodução | Fiocruz
Foto: Reprodução | Fiocruz

A Secretaria de Saúde de Mimoso do Sul alerta a população para a esporotricose. A pasta emitiu orientações, nesta quarta-feira (19), através da rede social da prefeitura.

Um veterinário e um representante da Vigilância Sanitária explicaram como os moradores devem se comportar para evitar a contaminação. Assista:

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De acordo com o Ministério da Saúde, a esporotricose humana é uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais. 

A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.

As principais formas clínicas da esporotricose são:

  • Cutânea: caracteriza-se por uma ou múltiplas lesões, localizadas principalmente nas mãos e braços;
  • Linfocutânea: é a forma clínica mais frequente; são formados pequenos nódulos, localizados na camada da pele mais profunda, seguindo o trajeto do sistema linfático da região corporal afetada. A localização preferencial é nos membros;
  • Extracutânea: quando a doença se espalha para outros locais do corpo, como ossos, mucosas, entre outros, sem comprometimento da pele;
  • Disseminada: acontece quando a doença se dissemina para outros locais do organismo, com comprometimento de vários órgãos e/ou sistemas (pulmão, ossos, fígado).

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas da esporotricose aparecem após a contaminação do fungo na pele. O desenvolvimento da lesão inicial é bem similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea. Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose.

Mas o fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhantes ao de uma artrite infecciosa. As formas clínicas da doença vão depender de fatores como o estado imunológico do indivíduo e a profundidade da lesão. 

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