Vitória: executivo relata negligência após acidente com bicicleta elétrica
O executivo esteve na loja acompanhado da filha, para fazer o teste. No entanto, durante o teste acabou se acidentando gravemente, fraturando várias partes do corpo
Um executivo, de 52 anos, relata negligência de uma loja de eletrônicos e elétricos, localizada no bairro Santa Lúcia, em Vitória, de descaso após ficar gravemente ferido após um acidente ocorrido durante um teste drive em uma bicicleta elétrica. O acidente ocorreu no dia 1° de junho.
O executivo esteve na loja acompanhado da filha, para fazer o teste. No entanto, durante o teste acabou se acidentando gravemente, fraturando várias partes do corpo, entre elas, o fêmur. Com isso, teve que colocar hastes internas, com custo muito alto.
No dia do acidente, o executivo disse que foi socorrido por outro cliente que estava na loja, mas que teria recebido, da gerente da loja, a promessa de que teria ajuda com as despesas médicas. Ao tentar contato para passar os valores, não foi mais atendido.
“Ele pediu socorro para um cliente que também estava fazendo um teste drive. Só depois que o pessoal da loja chegou e, ainda assim, ficaram olhando o que acontecia, enquanto o cliente estava caído. Eles entraram em contato com a filha do executivo para saber como ele estava e que queriam visitá-lo. Mas, não quisemos, pois tínhamos entendido que tinha sido algo que poderia acontecer com qualquer um, até sabermos por ele e pela minha filha que tinha sido uma negligencia, pois eles não tinham recebido nenhuma orientação antes do teste e, não ofereceram nenhum equipamento mínimo de segurança, ou seja, capacete”, disse a esposa do executivo.
Segundo ela, o “caso poderia ter sido muito mais grave, pois ele poderia ter perdido a vida se tivesse batido a cabeça. Liberaram o teste drive sabendo que a pista tinha pontos com água”.
Após tomar conhecimento do que realmente ocorreu, a esposa do executivo, fez contato com a gerente da loja, informando que precisava do apoio da empresa com os custos relativos com o acidente. “Eles haviam prometido e, tinham até pedido os dados para depósito dos valores, mas depois sumiram, disseram que deveríamos tratar com o advogado da empresa, que também não respondeu mais. Um verdadeiro descaso com o cliente”, continua.
Além disso, o executivo relatou que não recebeu orientações antes do teste e também não foram disponibilizados equipamentos de segurança.
“Fiz contato com a loja me passando por cliente para saber qual o procedimento de teste drive e, informaram que o uso do capacete é obrigatório. Como assim? Se no dia se quer deram informações/orientações de como usar aquele veículo. Mudaram os critérios só depois que aconteceu o acidente?”, questiona.
Para ela, “isso tem que servir como alerta para o perigo e a negligência, não orientarem e não oferecerem, pelo menos, um capacete de segurança mínima para o cliente. Um descaso total. O processo de recuperação é lento e vários prejuízos profissionais ocorrerão, dado a limitação do meu marido. Por isso o alerta, pois vai além dos custos com remédios, fisioterapias, fortalecimento e consultas”, completa a esposa.
O que diz a loja?
O Departamento Jurídico da empresa se manifestou por meio de uma nota. Confira:
“Lamentamos profundamente o ocorrido, especialmente a queda que resultou na fratura do fêmur. Entendemos o impacto que esse incidente causou e desejamos expressar nossa solidariedade neste momento difícil. Desde o início, nossa equipe se esforçou para prestar todo o apoio necessário, buscando garantir o bem-estar do Sr. (executivo) e proporcionando a assistência necessária em cada etapa.
Ocorre que, como é de ciência, o Sr. (executivo) compareceu à loja, onde havia um grupo de pessoas participando de uma ação para a apresentação de vários modelos de bicicletas elétricas, dentre elas, os modelos Bk500, v20, v50 e v9.
Na oportunidade, a empresa questionou de forma atenciosa se Sr. (executivo) gostaria de alguma instrução para a utilização das bicicletas ou se tinha interesse em conhecer algum modelo específico. No entanto, o Sr. (executivo) informou já conhecer e saber usar as bicicletas, motivo pelo qual pegou o modelo Bk500 e saiu para fazer um teste.
Ao retornar, demonstrou interesse em realizar testes em outros modelos, como a bicicleta modelo v9, que chamou mais sua atenção, e a v20.
Cabe destacar que a filha do Sr. (executivo) também realizou testes na bicicleta, especialmente no modelo v20, e alegou ter escorregado devido ao dia chuvoso e ao fato de ter transitado por um local onde o piso era de granito, com pouca aderência.
Posteriormente, após o relato de sua filha, Sr. (executivo) solicitou novamente utilizar a bicicleta modelo v20 para tirar uma última dúvida sobre qual delas iria adquirir. Entretanto, minutos depois, a Reclamada foi surpreendida com a informação de que Sr. (executivo) havia sofrido uma queda.
É importante frisar que, a todo momento, a empresa prestou todo o socorro e apoio necessário ao Sr. (executivo), inclusive até hoje, buscando informações constantemente. Também é fato que a queda ocorreu devido ao fator chuva, que, combinado com o piso de granito da calçada onde Sr. (executivo) trafegava, comprometeu a aderência da via, somado à imperícia do Sr. (executivo) na utilização do equipamento.
Além disso, é importante esclarecer que a empresa em nada contribuiu para a queda, uma vez que a bicicleta estava em perfeitas condições de segurança para a realização do test drive, tanto que a filha do Sr. (executivo) já tinha andado na mesma bicicleta antes e nos outros modelos.
Afirmar que a empresa não prestou orientação ou não ofereceu equipamento de proteção, como capacete, não condiz com a verdade, pois todas as informações de segurança e condução da bicicleta foram devidamente fornecidas ao Sr. (executivo).
É de conhecimento comum que ao escolher, por livre e espontânea vontade, conduzir um veículo de duas rodas, o consumidor está ciente dos riscos inerentes à condução desse tipo de veículo, o que também se aplica a motos, patinetes, entre outros.
A empresa se sensibiliza com a situação e lamenta profundamente o ocorrido. No entanto, reitera que não é responsável pelo incidente, pois tomou todas as precauções necessárias para garantir a segurança durante o test drive. A queda, infelizmente, decorreu de fatores externos, como as condições climáticas e do piso, sobre os quais a Reclamada não tem qualquer controle, de modo que o ocorrido não guarda qualquer relação mínima com o produto comercializado pela Reclamada. Assim, a Reclamada não pode ser responsabilizada pelo ocorrido”.
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