Eleições 2024: cenário político segue indefinido em Muniz Feire
Na corrida eleitoral da Cidade Amizade, o cenário político segue em aberto até as 17 horas do próximo domingo (6).
Faltando apenas quatro dias para as eleições municipais de 2024, que irão ocorrer no próximo domingo (6), o cenário político em Muniz Freire segue indefinido.
Do total de 18.153 habitantes no município, segundo informado pelo IBGE, o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) informa em seu painel que o município tem 14.972 eleitores aptos para votar, 13 locais para votação e 57 seções.
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Na corrida eleitoral, para ver quem irá governar a “Cidade Amizade” pelos próximos quatro anos, os candidatos a prefeito Evandro Paulucio (PDT), Dito Silva (PSB) e Vilma Soares (PL) estão em busca dos votos dos populares e apoio das autoridades.
Oposição
O candidato a prefeito Evandro Paulucio (PDT) e sua candidata a vice-prefeita, Márcia Oliveira (PSD), esposa do ex-prefeito por dois mandatos no município, Dr. Delson, recebeu o apoio do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Marcelo Santos (União), e do vice-presidente da Assembleia, deputado estadual Hudson Leal (Republicanos).
Além disso, a coligação “Com Honestidade Muniz Freire Pode Mais”, formada pelos partidos PDT, PSD e PRD, recebeu também o apoio dos deputados estaduais José Esmeraldo (PDT), Coronel Welinton (PRD) e Alexandre Xambinho (Podemos).
Os parlamentares, além de declarar apoio, estão visitando as comunidades com os candidatos e conhecendo a realidade do município, inclusive identificando fatos com gastos do dinheiro público que, até então, não eram de conhecimento por parte dos deputados na Ales.
Em recente visita ao município, Marcelo Santos e Hudson Leal, presidente e vice da Assembleia, respectivamente, ressaltaram que todas as obras realizadas no Estado só ocorrem, pois possuem o aval dos parlamentares na Assembleia, e diante dos fatos expostos pelos candidatos Evandro e Márcia, estarão realizando a fiscalização assídua dos gastos do dinheiro público do Estado no município de Muniz Freire.
Máquina na mão
O atual prefeito que busca a reeleição no município, Dito Silva (PSB) e seu candidato a vice-prefeito Dr. Wanokzor (MDB), pela coligação “Muniz Freire no Rumo Certo”, composta pelos partidos PSB, MDB, Federação PSDB e Cidadania, Podemos, União Brasil, Federação Brasil da Esperança – PT, PC do B, PV, Federação PSOL e REDE, possui a máquina administrativa na mão e está sabendo usá-la na reta final da campanha. Com o apoio declarado do governador Renato Casagrande (PSB), do deputado federal Gilson Daniel (Podemos), e deputados estaduais Dary Pagung (PSB), líder do governo na Assembleia, Tyago Hoffmann (PSB) e Janete de Sá (PSB), o candidato também possui o apoio da secretária de governo Emanuela Pedroso; secretário de Agricultura Enio Bergoli; secretário de Educação Vitor de Angelo e da ex-senadora Rose de Freitas.
O governo do Estado investiu pesado nos últimos anos no município de Muniz Freire. Graças a esses investimentos milionários, grandes obras saíram do papel, incluindo as novas rodovias que ligam Muniz Freire x Castelo, Muniz Freire x Alegre, a construção de creche, escolas, dentre outras grandes obras impactantes para os moradores locais.
Porém, em meio a uma campanha tumultuada, provida por diversas denúncias por supostas irregularidades, o Ministério Público solicitou a devolução de quase R$ 10 milhões devido à construção de um muro de contenção, em uma rua do centro da cidade, que chegou a casa dos R$ 17 milhões, a Justiça acatou o pedido do MP.
Além disso, o Ministério Público solicitou a cassação da chapa Dito Silva e Dr. Wanokzor, por abuso de poder econômico mediante a desordenada contratação de servidores públicos temporários. Outro fator que tem tumultuado a campanha de Dito Silva, são os supostos casos de atrasos no pagamento de fornecedores da Prefeitura.
No início do último mês, uma pesquisa realizada pelo Instituto IPOPES e divulgada por um veículo de comunicação no Norte do Estado, que mostrava o candidato em primeiro lugar, teve que ser retirada do ar, pois a Justiça Eleitoral entendeu que a mesma apresentava irregularidades.
Dito também enfrenta grandes desgastes ao longo dos últimos anos à frente do Executivo, que culminou com o afastamento de parceiros políticos e até mesmo com o pedido de renúncia de Dra. Mariana Nogueira, que era sua vice-prefeita. O gestor também teve embates com a classe de professores em designação temporária (DTs) e com os servidores públicos municipais.
Campanha para 2026
A candidata a prefeita Vilma Soares (PL) e seu candidato a vice-prefeito, Juliano, são filiados ao partido de extrema-direita PL, em uma chapa considerada de “puro-sangue”. A atual parlamentar já foi presidente da Câmara e foi a primeira mulher a ser eleita como vereadora no município. Durante sua gestão, cada sessão era marcada por diversas confusões e tumultos, que levou a um desgaste da imagem política da candidata. Recentemente, a candidata recebeu o apoio do senador e presidente do PL no Espírito Santo, Magno Malta.
Pelas ruas da cidade, em cima de um pequeno trio elétrico, Magno, visivelmente debilitado, gritou o lema “Deus, pátria, família e liberdade”, pedindo mais voto para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível, já visando as eleições de 2026, do que para a própria candidata no município. Além de Magno, Vilma também teve o apoio declarado do deputado federal, Gilvan da Federal, e dos deputados estaduais Wellington Callegari e Lucas Polese, ambos do PL.
Escolha democrática
Com o cenário completamente indefinido, os eleitores da cidade que fica localizada entre vales e montanhas, no Caparaó, terão que analisar o perfil de cada candidato até o próximo domingo (6), quando ocorre a escolha dos novos, ou permanência, de prefeito e vereadores.
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