Segurança

Suspeito de manter capixaba em cativeiro por quase 10 anos é preso no ES

A vítima foi encontrada na casa, emocionada com a libertação. Ela relatou que foi sequestrada pelo suspeito no ano de 2015, sofreu abusos sexuais constantes e era mantida trancada e sob ameaça de morte, inclusive contra seus familiares, caso tentasse escapar

Mulher mantida em cativeiro na Bahia
Foto: Divulgação/Polícia Civil

Na última segunda-feira (14), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Regional de Linhares, efetuou a prisão de Adenilson Lima da Silva, de 43 anos, acusado de manter uma mulher de 25 anos em cativeiro por quase 10 anos no município de Jucuruçu, na Bahia.

Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aqui

Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, Adenilson se apresentou na delegacia do município de Linhares na última segunda-feira, acompanhado de um advogado. Ele deu uma versão sobre os fatos, apresentou provas que serão avaliadas pela Justiça e teve o mandado de prisão cumprido desfavor dele.

A mulher foi resgatada no dia 20 de setembro após uma operação no município de Jucuruçu, na Bahia. A vítima, desaparecida desde 2015 em Rio Bananal, conseguiu contatar a família pelas redes sociais, o que deu início à “Operação Resgate”.

Leia também: Vítima de acidente de moto trabalhava em empresa de rochas em Cachoeiro

Como a vítima foi encontrada?

A vítima foi encontrada na casa, emocionada com a libertação. Ela relatou que foi sequestrada pelo suspeito no ano de 2015, sofreu abusos sexuais constantes e era mantida trancada e sob ameaça de morte, inclusive contra seus familiares, caso tentasse escapar.

“Ele a vigiava o tempo todo e nunca permitiu que ela frequentasse a escola. A vida dela era completamente controlada por ele. A vítima passou por vários locais, incluindo a Capital Vitória, onde viveu por três anos, antes de ser levada para Jucuruçu. Durante todo o tempo, ela foi obrigada a trabalhar na roça e recebia apenas R$ 100,00 por mês”, afirmou o delegado Fabrício Lucindo.

O suspeito deu à vítima um celular há oito meses, o que permitiu que ela conseguisse contatar a família sem o conhecimento dele. “Ela criou uma conta na rede social Instagram e conseguiu pedir ajuda. Foi a partir daí que conseguimos montar a operação”, disse o delegado.

Além de libertar a vítima, a Polícia Civil apreendeu no local três armas de fogo de fabricação caseira, incluindo uma arma calibre 12 e um revólver calibre 38, além de munições e documentos falsos. O homem foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) da Serra.