Política Regional

Deputado defende a regionalização do atendimento a pessoas com autismo

A Comissão de Saúde realizou uma reunião especial para discutir os desafios enfrentados pelas pessoas com TEA, com foco no diagnóstico precoce, acesso às terapias e inclusão escolar

Por Redação

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em 18 de jun de 2025, às 10h28

Foto: Talles Thompson
Foto: Talles Thompson

O deputado Dr. Bruno Resende, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, defendeu nesta terça-feira (17) a necessidade de regionalização dos serviços de atendimentos a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A Comissão de Saúde realizou uma reunião especial para discutir os desafios enfrentados pelas pessoas com TEA, com foco no diagnóstico precoce, acesso às terapias e inclusão escolar. O encontro contou com a participação de representantes da Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo (Amaes) e profissionais da área da saúde.

Dr. Bruno Resende destacou a necessidade de regionalização no Espírito Santo de serviços de atendimentos terapêuticos, como é o caso das áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia.

“A verdade é que existe um vazio enorme de atendimento especializado nos municípios do interior. Existe uma deficiência do sistema com relação aos recursos. Precisamos de aumento do aporte financeiro para garantir esses atendimentos específicos”, defendeu o presidente do colegiado.

“Precisamos de mais profissionais qualificados, recursos adaptados e ambientes inclusivos nas escolas. A sociedade precisa de maior compreensão sobre o autismo e suas particularidades para a inclusão e a garantia dos direitos”, afirmou o deputado.

Entre os pontos debatidos, a diretora da Amaes, Sandra Perovano, destacou que a falta de diagnóstico precoce ainda é um dos principais entraves para o desenvolvimento das crianças com TEA no Estado. Segundo ela, há um número insuficiente de neuropediatras, psiquiatras infantis, psicólogos e outros profissionais habilitados para realizar a avaliação diagnóstica e o acompanhamento adequado.

“A gente não consegue marcar consulta com especialistas e os pais ficam desesperados. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores os resultados das terapias. Mas, infelizmente, hoje o que vemos são filas de espera que podem chegar a anos”, relatou Sandra.

Outro tema recorrente na reunião foi a inclusão escolar. Representantes da Amaes relataram as dificuldades enfrentadas pelas crianças autistas dentro das salas de aula, muitas vezes sem o suporte necessário de profissionais de apoio e sem adaptações pedagógicas adequadas.

Ao final da reunião, o deputado Dr. Bruno Resende reforçou o compromisso da Comissão de Saúde em acompanhar o tema de forma permanente e colaborar com o poder público na construção de políticas efetivas para garantir o atendimento integral à pessoa com TEA no Espírito Santo.

“Nosso papel é fazer com que os direitos das pessoas com autismo saiam do papel e se tornem realidade, seja por meio da cobrança ao Executivo, da elaboração de leis ou da mediação com as instituições”, finalizou o parlamentar.

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