
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Rio Bananal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-Norte), e a Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (PCES) deflagraram a segunda fase da Operação “Bandido Não Se Cria”.
A ação visa desarticular uma organização criminosa ligada à facção Comando Vermelho, atuante nos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas no município de Rio Bananal e região. A investigação tramita sob sigilo.
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A operação começou na tarde de segunda-feira (11), com a prisão de seis pessoas em Rio Bananal. Nesta terça-feira (12), foram cumpridos mais 13 mandados de prisão temporária, totalizando 19 prisões, além de 14 mandados de busca e apreensão, também no município.
O objetivo é apreender documentos, computadores, telefones celulares, mídias e outros materiais que possam contribuir para as investigações, além de drogas, armas e valores obtidos com a atividade criminosa. A ação também busca prender os líderes e operadores da organização.
A operação é conduzida por Promotores de Justiça do MPES e por Policiais Civis da PCES.
Os crimes investigados incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e uso de adolescentes para a prática de atos ilícitos. Há ainda indícios, em apuração, do envolvimento do grupo em homicídios relacionados à disputa por territórios do tráfico.
‘Bandido Não Se Cria’
As investigações começaram após a prisão em flagrante, em junho de 2024, de um dos integrantes da organização, ocasião em que foi apreendido seu telefone celular. A análise pericial revelou trocas de mensagens que evidenciaram a existência de uma rede estruturada e hierarquizada dedicada ao tráfico de drogas, com conexões interestaduais envolvendo o Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia.
A apuração identificou ainda um vídeo amplamente divulgado em redes sociais com conteúdo de apologia ao tráfico, ostentação de bens, porte e posse de arma de fogo e participação de uma criança armada. O vídeo foi gravado em frente à residência atribuída a um dos integrantes do grupo, apontada como uma das principais bocas de fumo do município. Esse material serviu de fundamento para as medidas judiciais da operação.
O Ministério Público também requereu à Justiça o sequestro de uma motocicleta utilizada pelos membros da organização para o transporte de drogas e valores, além de servir como elemento de ostentação para cooptar novos integrantes, inclusive menores.
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