PC e Procon retiram do comércio biscoito com informações nutricionais falsas no ES
A empresa responsável foi notificada e a investigação continuará para apurar responsabilidades.

A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), realizou, na última terça-feira (19), uma operação conjunta com o Procon-ES para combater a venda de alimentos com informações nutricionais falsas.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA ação retirou do comércio cerca de 750 unidades de um tipo de biscoito, vendidas em lojas de Vitória e Vila Velha. Análises laboratoriais apontaram que o produto, vendido como saudável, apresentava alto teor de sódio, podendo causar riscos à saúde e induzir o consumidor a erro.
Leia também: PRF realiza leilão de veículos conservados e sucatas no Espírito Santo
Segundo a Decon, o objetivo da ação foi proteger o mercado capixaba e os consumidores, impedindo a comercialização de um produto nocivo e com propaganda enganosa. “O Procon recebeu denúncias de que uma marca produzida em Minas Gerais estava vendendo um biscoito voltado a consumidores que buscam produtos nutricionalmente saudáveis, principalmente voltados à alimentação infantil, em bairros nobres da Grande Vitória”, explicou a polícia.
Erro na quantidade de sódio
O Laboratório Central do Estado de Santa Catarina analisou o produto e constatou divergências graves: enquanto o rótulo indicava quantidade insignificante de sódio, o alimento continha mais de 900 miligramas. Além disso, o teor de carboidratos ultrapassava o informado, o que poderia prejudicar consumidores sensíveis.
A primeira ação de fiscalização foi focada em lojas especializadas em produtos naturais e suplementos alimentares, localizadas em Vila Velha e Vitória, incluindo bairros como Praia do Canto e Jardim Camburi. No momento, não há registro da venda em supermercados, mas a investigação segue em andamento.
O Procon destacou que recebeu denúncias por meio do canal 151 e iniciou a investigação em parceria com o LACEN e outros laboratórios. “É uma situação grave, pois o consumidor não consegue perceber o erro apenas pela embalagem. Rotulagem incorreta é crime e pode causar danos à saúde”, afirmou o órgão.
Ausência de lote
Além do excesso de sódio, o produto apresentava ausência de lote, impossibilitando o rastreio da fabricação e comprometendo a segurança do consumidor. Segundo o Procon, essa prática também configura concorrência desleal, já que o biscoito, importado de outro estado, compete com produtos capixabas que cumprem a legislação.
O Procon impôs medida cautelar suspendendo a comercialização do produto no Espírito Santo. A empresa responsável foi notificada e a investigação continuará para apurar responsabilidades.