"Aprovar urgência da anistia é normalizar o golpismo", aponta Jack Rocha
A deputada capixaba também apontou que a própria Câmara atuou em “claro conflito de interesses”, ao avançar com propostas que, segundo ela, blindam políticos.

A deputada federal do Espírito Santo Jack Rocha (PT) criticou duramente a decisão da Câmara dos Deputados de aprovar o requerimento de urgência para o Projeto de Lei 2162/23, que prevê anistia a participantes de manifestações de motivação política, como as do dia 8 de janeiro. Para a parlamentar, a medida envia “mensagem errada” ao Brasil.
“Encerramos a semana legislativa com a aprovação de mais uma pauta antidemocrática. Aprovar a urgência da anistia é normalizar o golpismo e enviar a mensagem errada: de que atentar contra a democracia não traz consequências”, declarou.
Leia também: Urgência para anistia: veja como votaram os deputados capixabas
Jack Rocha também apontou que a própria Câmara atuou em “claro conflito de interesses”, ao avançar com propostas que, segundo ela, blindam políticos.
“A Câmara dos Deputados, em claro conflito de interesses, trabalhou para sua própria blindagem. A PEC da Blindagem e a Anistia ficarão registradas como um dos capítulos mais sombrios de nossa história. Mantenho meu voto contra a anistia e meu posicionamento: lugar de golpista é na cadeia”, reforçou.
Dos dez deputados federais do Espírito Santo, apenas Jack Rocha e Helder Salomão, ambos do PT, votaram contra a urgência. Paulo Foletto (PSB) não participou da sessão. Votaram a favor da tramitação acelerada Amaro Neto (Republicanos), Da Vitória (PP), Evair de Melo (PP), Messias Donato (Republicanos), Gilvan da Federal (PL), Gilson Daniel (Podemos) e Dr. Victor Linhalis (Podemos).
O requerimento foi aprovado com 311 votos favoráveis, 163 contrários e 7 abstenções, resultado que, segundo Jack Rocha, evidencia a tentativa de “normalizar o golpismo” no país.